Veja: cinegrafista de NÁUTICA flagra raia “albina” em meio a cardume
Animal foi visto no Saco do Céu, em Angra dos Reis (RJ), e pode ser o mesmo avistado em Ubatuba no início do ano


O cinegrafista de NÁUTICA, Victor Santos, está acostumado a fazer belos registros de embarcações e paisagens. Ele não esperava, porém, que durante um de seus trabalhos iria se deparar com um enorme cardume de raias-ticonha (Rhinoptera brasiliensis). E o mais surpreendente: em meio a centenas delas, uma se destacava pela possibilidade se ser albina.
Fotógrafo registra grupo de toninhas no mar de São Sebastião; assista
Fenômeno raro deixa o mar de praia em Ubatuba “brilhando no escuro”
Inscreva-se no Canal Náutica no Youtube
O flagra aconteceu no Saco do Céu, em Ilha Grande, no dia 3 de março. O cinegrafista conta que fazia imagens de drone quando, de repente, as arraias se aproximaram do barco em que estava. Assista:
Ver esta publicação no Instagram
“Eram três cardumes muito grandes, com mais de 100 delas, talvez. Foi muito emocionante e gostoso, eu sempre estou no mar e sei o quanto é difícil ver esses animais”, conta Victor.
Me senti privilegiado e sortudo por ver tantas raias juntas, inclusive uma albina, que não é fácil de encontrar– Victor Santos, cinegrafista de NÁUTICA
A arraia é mesmo albina?
A coloração esbranquiçada da arraia em questão levanta a hipótese de que ela seja albina. Contudo, há uma outra condição da natureza que precisa ser levada em conta: o leucismo.


Ambas as condições são anomalias genéticas que afetam a produção de pigmentação em animais e humanos. O albinismo, porém, é caracterizado pela ausência total de melanina, enquanto o leucismo causa falta de pigmentação parcial ou geral.


Geralmente, indivíduos albinos apresentam olhos vermelhos ou rosados e tem maior suscetibilidade a queimaduras e tumores de pele. Já os animais leucísticos podem ter os olhos azuis ou de coloração natural, e não são excessivamente fotossensíveis — pelo contrário, podem ser mais resistentes ao calor, já que a cor branca permite maior reflexão da radiação, reduzindo a absorção térmica.
Outra questão é que animais nessas condições podem ter dificuldades no meio selvagem, pois a sua coloração pode afastar ou atrair presas e predadores. Quem explica essas diferenças é o fotógrafo especializado em vida marinha, Frank Santos, que pode ter registrado a mesma raia em janeiro.
Raia “albina” foi vista em Ubatuba em janeiro
Frank Santos também fez o registro de uma raia-ticonha “albina”, desta vez, no sul de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, em janeiro deste ano. veja:
Ver esta publicação no Instagram
À época, ele foi ao local em busca de um tubarão-baleia (Rhincodon typus), que havia sido avistado próximo àquela região.
“Infelizmente não achamos o tubarão-baleia, mas além de vários cardumes de raias-ticonha, vimos também algumas raias-mobulas (Mobula birostris), e muitas toninhas (Pontoporia blainvillei) no caminho”, escreveu ele na ocasião, em seu perfil no Instagram.


“Não podemos afirmar que é a mesma, já que não fizemos nenhum tipo de identificação que comprove isso”, explicou ele à NÁUTICA. “O ideal é que seja realizado um teste genético para termos um diagnóstico preciso”.
Mas as chances de avistarmos animais na natureza com essas condições são baixíssimas, aumentando a probabilidade de ser a mesma, ainda mais pela distância– destacou
Frank ressalta que o mergulho com esses animais não é proibido, “mas é necessário bom senso ao entrar na água, para não interferirmos no comportamento do animal. Geralmente, elas não permitem que cheguemos tão perto quando estão em cardumes e nadando próximo a superfície”.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Rafael Mesquita captou o momento no final de novembro, nas águas de Ilhabela
Jioscarlos Josue, de 29 anos, foi um dos 71 imigrantes contratados pela Fibrafort através de programas de inclusão. Conheça sua história!
Após votação aberta ao público, empresário garantiu o 1º lugar na categoria “Iniciativa Privada – Empreendedores de Médio e Grande Porte”
A italiana Baglietto atendeu ao pedido do proprietário e desenvolveu um sistema de lançamento da embarcação auxiliar tal qual entre 1940 e 1960
Mostra dá detalhes sobre a carpintaria pré-histórica, as técnicas de construção e os métodos de transporte da época




