Maré vermelha: fenômeno coloca parte do litoral de SP em alerta desde janeiro
Alteração registrada por satélites pode atrair orcas e tubarões, além de impossibilitar o consumo de frutos do mar


Manchas vistas no sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em meados de janeiro, não deixam dúvida: um fenômeno conhecido como “maré vermelha” está acontecendo no litoral norte de São Paulo, mais precisamente em Ilhabela e São Sebastião.
“Peixe-diabo negro é visto pela primeira vez em águas rasas
Pesquisadores da Unesp desenvolvem IA para mapear áreas de risco de deslizamento
Inscreva-se no Canal Náutica no Youtube
Isso porque, ao longo das estações mais quentes do ano, águas bem frias trazidas das profundezas por ventos e correntes estimulam o crescimento de determinadas microalgas — plantas que aumentam a concentração de Mesodinium rubrum e alteram a coloração do mar em alguns pontos.


Os riscos da “maré vermelha”
Por mais que esse protozoário não seja tóxico aos seres humanos, serve de alimento para outros micro-organismos que são, os dinoflagelados do gênero Dinophysis. Uma possível consequência disso é a suspensão do consumo de frutos do mar da região. Outro ponto crítico dessa dinâmica é que ela atrai camarões e outros animais que, por sua vez, atraem cetáceos e tubarões.
O Inpe ainda ressalta que, por fazer fotossíntese, o Mesodinium rubrum contribui para a redução de oxigênio na água, o que ameaça a vida marinha e todos os grupos que dependem direta ou indiretamente desse ecossistema.
A boa notícia é que, de janeiro para cá, a “maré vermelha” diminuiu significativamente. Ou seja, acredita-se que até o final deste verão não teremos consequências mais sérias relacionadas a esse evento natural.
Mesmo assim, tanto Ilhabela quanto São Sebastião continuarão a ser acompanhadas de perto por especialistas. De acordo com o Inpe, esse monitoramento está sendo realizado pelo Laboratório de Instrumentação de Sistemas Aquáticos (LabISA) da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática (DIOTG).
Como parceiros, o instituto tem o Centro de Biologia Marinha da USP (CEBIMar) e o Geospatial Computing for Environmental Research Lab (GCER), da Mississippi State University, além da colaboração de instituições como o ICMBio e o Parque Estadual da Ilhabela.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Marca italiana terá 5 barcos no salão, de 26/04 a 04/05, incluindo iate de Cristiano Ronaldo
Segunda temporada da competição de barcos elétricos já teve LeBron James "roubando" o Team Brazil
Embarcação da Majesty Yachts, dos Emirados Árabes Unidos, permite que proprietário adapte áreas de popa, flybridge e proa
Turistas poderão realizar passeios sem desembarcar ainda no 1º semestre; região abriga lobos e leões-marinhos
Em homenagem à imensidão azul, NÁUTICA preparou lista onde a água doce é destaque