Mulheres ganham cada vez mais espaço na Semana de Vela de Ilhabela
A 44ª edição da Semana de Vela de Ilhabela, que está sendo disputada no Litoral Norte Paulista, se mostra especial para um grupo específico de velejadores. Considerando os 123 barcos participantes, cerca de 130 atletas, ou 15% dos tripulantes, são do sexo feminino e entre elas quatro são comandantes. A tendência de crescimento não ocorre só na competição brasileira! A regata de Volta ao Mundo, por exemplo, mudou suas regras de tripulação para ter mais mulheres a bordo.
Na Semana de Vela de Ilhabela 2017, uma equipe é praticamente toda delas! O BL3 colocou um Felci 315 com velejadoras formadas pela escola de vela da ilha. Apenas o comandante, o experiente Edgardo Vieytes, com participações em regata de ponto, é homem. O evento também marca o retorno de Tatiana Almeida às regatas. A carioca venceu a batalha mais difícil de sua vida superando um câncer de pâncreas com metástase no fígado, descoberto em 2015, e agora integra o time do Kaikias, barco escolhido pela Marinha do Brasil para competir na classe C30. “É uma emoção muito grande poder voltar à velejar, era tudo o que eu queria”, contou Tati.
Ao lado de Tatiana estão as irmãs Renata e Fernanda Decnop, que fizeram campanha olímpica em 2012 na classe Match Race. Para a Rio 2016 cada uma tomou um rumo após o fim da categoria e Fernanda ganhou a vaga na classe Laser. “É muito bom reunir o time novamente, tivemos muitas histórias juntas e somos amigas. Eu não velejava desde a última regata olímpica no Rio de Janeiro”, contou Fernanda Decnop.
Histórias como essa e também o crescimento do número de mulheres velejando inspiram a jovem Brenda Furlin de 13 anos. A mirim do Itajaí Sailing Team, equipe de Santa Catarina na regata, está aprendendo muito nas regatas da classe IRC. “Minha função é aprender! Eu dou suporte à tripulação nas manobras e fico sempre observando. Gostei muito dessa minha experiência na vela oceânica”.
A Semana de Vela de Ilhabela é um evento democrático, com opções de barcos e regatas para todas as equipes e tripulações. E nessa onda vários times femininos fizeram sucesso. Um deles foi o Jazz, quando era comandado por Valéria Ravanni. Em depoimento na edição passada, a velejadora lembrou que foi uma das pioneiras em dar oportunidade às mulheres. “A vela é uma modalidade predominantemente masculina, mas houve um aumento no número de velejadoras nos últimos anos. Fora do Brasil não tem isso de vela masculina e feminina! Quando comprei meu primeiro barco, eu convidei outras meninas para velejar comigo e ter a mesma oportunidade. Não tenham nenhum tipo de pudor, venham correr a Semana de Vela”.
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