A história de mulheres que têm uma paixão em comum: o mar

Por: Redação -
08/03/2021

Foi-se o tempo em que o mercado náutico era dominado apenas por homens. Hoje, as mulheres atuam em diversas áreas no setor e são um público-alvo importante para os fabricantes de embarcações. A presença feminina a cada ano se torna mais forte.

Natasha Secchi, 32 anos é um exemplo claro. Ela trabalha há quase 10 anos no mercado náutico e atua como gerente comercial da Marina Itajaí há pouco mais de três anos. Além de trabalhar no setor, Natasha é amante da náutica e uma navegadora assídua: já chegou a fazer travessias internacionais, de Fernando de Noronha até o Caribe.

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“Acredito que a participação da mulher no mercado de trabalho do segmento náutico é essencial. A cada ano, inclusive, a representatividade feminina aumenta, tanto na área comercial, como no design, na decoração, na técnica e na engenharia”, explica a gerente.

Natasha Secchi, 32 – Crédito Cleópatra Aline Pereira

O setor náutico tem atraído também mulheres que buscam uma forma de lazer mais próximo a natureza ou como modalidade esportiva. “Dentre todas as possibilidades de lazer no esporte, a navegação à vela tem se popularizado cada dia mais no universo feminino. O Brasil, inclusive, tem grande representatividade, como no caso da Martine Grael, a primeira mulher a conquistar ouro olímpico na vela pelo esporte feminino brasileiro. As velejadoras vão desde as que navegam solo às que moram com suas famílias a bordo”, comenta Natasha.

Além de tudo, a expansão da participação feminina no setor náutico também tem sido relevante para o mercado consumidor. A gerente comercial explica que muitas mulheres, quando não adquirem embarcações sozinhas, participam ativamente do processo de decisão de compra, desde o modelo do barco às suas configurações.

Foi o que aconteceu com o casal Gabi e Jessé, que também moram na Marina Itajaí, e acabaram de comprar um veleiro maior. A paixão pelo mar sempre foi muito forte na vida de Gabriela da Silveira Marega, de 24 anos. Filha de surfistas, Gabi nasceu em Florianópolis, mas foi criada em Garopaba.

Há cerca de dois anos, ela decidiu abandonar a tradição e passou a viver em um veleiro. O plano de comprar um barco, ao invés de um apartamento, foi compartilhado com o marido, que logo abraçou a ideia.

Gabriela da Silveira Marega, 24

O primeiro barco do casal, junto de Kiwi, o labrador, foi o Chicama, um veleiro de 26 pés. A fase de adaptação foi a mais difícil, já que Gabi saiu de uma casa de 400 metros quadrados para um barco de pouco mais de 10 metros quadrados.

Para ela, os problemas maiores foram só no início. “A dificuldade foi deixar os luxos de lado, porque para morar num veleiro não pode ter muito luxo. As roupas tem que ser mais leves possíveis”, explica. “A vida simplifica, e os benefícios são muito maiores que as dificuldades. Poder acordar no mar, perto da natureza e ter essa vida minimalista deixa a gente mais leve, é um sonho! Quem nunca sonhou em viver desse jeito?”

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E Gabi não é a única. A pedagoga Liana Bollbuck, de 30 anos, também tem um caso de amor com o mar desde criança. Ela mora em Curitiba e tem um veleiro monocasco, chamado Relax, que fica atracado na Marina Itajaí. Não à toa, ela recebeu uma certificação em yachtmaster, que é um certificado de competência internacional para operar embarcações de até 24 metros ou 200 GT em qualquer parte do mundo.

Liana Bollbuck, 30

Para as mamães, Marina Louise Bittencourt, de 23 anos, só tem boas experiências a compartilhar. A mãe do Kadu, que acabou de completar um ano, acredita que criar uma criança a bordo é muito mais seguro que em uma casa normal. “Os barcos são projetados para a proteção das pessoas durante uma travessia, portanto os móveis são arredondados, as gavetas não abrem com tanta facilidade, não há escadas”, detalha.

Além da segurança, Marina destaca ainda o contato que o filho tem com a natureza como outra grande vantagem. “Desde o início ele vai conhecer o valor das coisas, vai entender que a água acaba se não economizar, que é o Sol que fornece nossa energia, que temos que preservar o meio ambiente porque dependemos dele. Isso, para mim, não é motivo de arrependimento”, conclui.

Por Elaine Mafra

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