De aspecto futurista, navio-laboratório Earth 300 será maior que o Titanic


Projetado como um navio-laboratório, o Earth 300 terá 300 metros de comprimento (o Titanic tinha 269 m), contará com 22 laboratórios de última geração equipados com Inteligência Artificial e terá uma equipe fixa de 160 cientistas, 20 especialistas residentes, 20 estudantes, 40 convidados VIP e 165 tripulantes, podendo acomodar até 400 pessoas.
Bem, pelo menos é o que promete Iván Salas Jefferson, fundador do estaleiro Iddes Yachts, responsável pela desenvolvimento do projeto desse navio de exploração científica, cujo grande diferencial está no convés de popa: uma “esfera científica” gigante, batizada por seus criadores como “cidade de ciência”.

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Apoiado por um número impressionante de parceiros — incluindo IBM, RINA, Triton Submarines e EYOS Expeditions —, o projeto tem um objetivo claro: realizar expedições de pesquisa que enfrentem os “maiores desafios do planeta”. Esse é o motivo, inclusive, pelo qual Iván Salas quis inovar no desenho do laboratório de pesquisa.
Se depender de seus criadores, essa, digamos, “esfera da ciência” será equipada com as mais avançadas ferramentas tecnológicas, a ponto de “intimidar o Vale do Silício” — todas voltadas à pesquisa oceânica.

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Além de todas essas novidades, o convés de proa abriga um heliporto, a proa define um horizonte inteiro e foi equipada com um deck de observação para quem quiser relaxar dos estudos.

Por se tratar de um navio voltado para pesquisa oceânica, o Earth 300 teria que navegar sem emissões, com uma proposta sustentável. Por isso, esse gigante de aspecto futurístico será movido por tecnologia nuclear conhecida como reatores de sal fundido (MSRs).

Segundo os projetistas, a MSR é capaz de fornecer custos mais baixos que outros tipos de propulsão. Embora as pesquisas sobre essa tecnologia tenham estagnados na década de 70, a fonte de energia voltou a ser alvo de estudos nos últimos anos.
Os únicos pontos negativos dessa motorização são os possíveis problemas com nações que não aceitam a atracagem de navios de propulsão nuclear, como a Nova Zelândia, que proíbe essa fonte de energia desde 1984.


A expectativa é que o lançamento do Earth 300 aconteça em 2025. O valor estimado da construção varia entre US$ 500 milhões e US$ 700 milhões.
Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira.
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