Com deficiência visual, Marina Castelani é proeira de veleiro na Semana de Vela de Ilhabela
Aos 51 anos, e com cegueira total, a paulista Marina Castelani é a proeira do veleiro Ore Igarete, um Brasília 32, que disputa a Semana de Vela de Ilhabela de 2019. O barco, da categoria Clássicos, tem como skipper outro velejador especial: o marido de Marina, o artesão Eduardo Francisco da Silva, 55 anos, de baixíssima visão. Eles terão supervisão e orientação dos velejadores Miguel Olio e Iris Poffo, coordenadores do projeto Sailing Sense, que promove a inclusão no esporte de pessoas com deficiências diversas — como surdo-cegueira, autismo, surdez, cegueira e síndrome de Down —, entre outras, com atividades em São Paulo (Represa de Guarapiranga e Guarujá), Itajaí e Rio de Janeiro.
São os próprios deficientes que conduzem a embarcação, responsabilizando-se tanto pelo leme, dando direção ao veleiro, quanto pela movimentação das velas. Quais são os desafios enfrentados no mar? “As dificuldades são grandes. Temos um outro tipo de visão. Nós aprendemos a velejar sentido o vento soprar no rosto, prestando atenção no som das velas — se estão soltas ou bem ajustadas — e das ondas batendo no casco do barco”, explica Marina, que conta com a ajuda dos professores para vencer os obstáculos.
São os próprios deficientes que conduzem a embarcação, responsabilizando-se tanto pelo leme, dando direção ao veleiro, quanto pela movimentação das velas
“Isso torna a velejada mais fácil. Eu não tenho medo. O barco à vela é muito seguro, por isso queremos mostrar para outras pessoas com deficiência que podemos chegar lá. Podemos fazer muitas coisas. Eu velejo, faço curso de computação avançada e quero fazer faculdade de Direito ano que vem. A vela me trouxe isso”, afirma a velejadora, que é professora aposentada de pré-escola. “Além das aulas de vela, os alunos recebem dicas sobre consciência ambiental e elevação da autoestima ”, acrescenta Iris.
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