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Em busca de aventura, uma boa pescaria e belezas naturais, um grupo de amigos a cada ano inventa um novo lugar para pousar com seus ultraleves anfíbios, também chamados de “barquinhos voadores”. Há dois anos, por exemplo, eles pousaram no Lago Jaguara, em Rifaina, divisa de São Paulo com Minas Gerais. No ano passado, em Palmas, no Tocantins. Não é nenhum tipo de competição, apenas um grande passeio em grupo. Uma espécie de excursão meio aérea, meio náutica.
Este ano, o grupo decidiu explorar as águas incrivelmente cristalinas da região do rio Araguaia, na tríplice fronteira entre Goiás, Mato Grosso e Tocantins. E voltou fascinado com a experiência. “Pousamos no Rio Cristalino, aproveitando a logística e a estrutura de barracas para acampar, à beira de uma lagoa, montada pela pousada Cristalino”, conta Getúlio Menegatti, um dos integrantes da comitiva. “Durante o período de inverno, não existe melhor lugar para navegar que nessas águas, bem no coração do Brasil”, defende ele.
Nove pessoas faziam parte do grupo, cada uma de uma cidade diferente, ou quase isso: o Getúlio é de Belo Horizonte; o Egon, de Buritis, Minas Gerais; Marcos e Cacalo, de Ipuã, interior de São Paulo; Tales, de Gurupi, no Tocantins; Edvaldo, de Goiânia; Sylvio e Cândido, de Belo Horizonte; e Volney, da também mineira Araguari.
“De Belo Horizonte até lá, foram oito horas de viagem, com uma escala de abastecimento em Catalão, em Goiás, e outra em Aruanã, voando a 200 km/h”, descreve Getúlio.
Aruanã, também em Goiás, foi o ponto de encontro das aeronaves; quatro ultraleves anfíbios Super Petrel e um Seamax, além de dois hidroaviões. De lá, a flotilha voou para o Rio Cristalino, o afluente mais preservado do Rio Araguaia, onde o grupo ficou acampado na Lagoa do Inferno, já no estado de Mato Grosso. Foram duas horas de voo sobre o Araguaia.
A aventura se estendeu por cinco dias, período em que os sete pilotos e dois caronas navegaram o rio, que desce para o norte, praticando pesca esportiva (pegando e soltando tucunarés), ora a bordo pequenos barcos de alumínio, ora a pilotando suas embarcações voadoras.
“Fomos até São Félix do Araguaia, em Mato Grosso, divisa com o estado do Tocantins, onde se serve o melhor pirarucu do planeta. Foi uma experiência única, sensacional. O Araguaia é um rio muito bonito, principalmente na época de baixa das águas. O trajeto à margem do rio é repleto de belezas naturais”, descreve o piloto de um dos ultraleves anfíbios, que se encantou especialmente com o nascer e o pôr do sol. “São duas das imagens mais belas que se pode imaginar, porque se trata de um lugar muito plano”, diz.
Na despedida, todo mundo fazia planos para retornar à região já em junho de 2021. Tudo por causa da beleza da região e da facilidade de pousar e levantar — um lugar difícil de encontrar igual.
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