Veleiro que pertenceu à Rainha Elizabeth precisou ser rebocado no Reino Unido

Embarcação de 1936 passou por um pequeno apuro na costa de Norfolk. Conheça sua história

16/04/2025
Foto: Alexander Baxevanis / Wikimedia Commons / Reprodução

Não é preciso muita coisa para que a família real vire manchete ao redor do mundo. Nos últimos dias, porém, isso aconteceu por conta de um barco: o veleiro Bloodhound. A embarcação, que pertenceu à Rainha Elizabeth II e ao Príncipe Philip, levou os nomes reais aos noticiários após emitir um pedido de resgate na costa de Norfolk, no Reino Unido, no início de abril.

O veleiro de 19,2 metros, datado de 1936, precisou ser rebocado pela equipe do Caister Lifeboat, a pedido da Guarda Costeira de Humber, após apresentar possíveis danos estruturais.

 


Embora o motivo exato para o pedido de resgate não tenha sido revelado, as bombas d’água levadas pela equipe de resgate indicam que o barco apresentou entrada de água no casco. Após o susto, o veleiro foi rebocado em segurança para o Porto de Great Yarmouth.

O veleiro Bloodhound e seu passado majestoso

O “veleiro real” foi construído em 1936 pela Camper & Nicholsons — mesmo estaleiro do Creole, o veleiro de madeira da família Gucci — e comprado em 1962, a pedido do Príncipe Philip, um grande entusiasta da vela.

Foto: dun_deagh / Wikimedia Commons / Reprodução

Aliás, foi a bordo do barco que Philip desenvolveu ainda mais a sua paixão pelo mar. Ao lado do projetista e velejador Uffa Fox, ele chegou até mesmo a participar da Cowes Week, uma das maiores e mais antigas regatas do mundo, em agosto de 1962. O veleiro Bloodhound ainda serviu de escola para outros jovens membros da realeza, como o Príncipe Charles e a Princesa Anne.

Príncipe Philip e tripulação, em junho de 1966. Foto: Magnussen, Friedrich / Wikimedia Commons / Reprodução

Já a Rainha Elizabeth, quem viabilizou a “brincadeira”, pouco aproveitou esse veleiro real. O que se escuta é que ela navegou apenas uma vez, porque ficava mais à vontade, mesmo, era convés do Britannia, outro veleiro da família, adquirido em 1954 — e que permaneceu com ela por 40 anos.


Após muito navegar pelas águas da Escócia, especialmente durante os verões em Balmoral, o veleiro Bloodhound foi vendido, em 1969. Ao longo das décadas, o barco passou por vários donos e chegou a entrar em estado de deterioração.

Foto: Magnussen, Friedrich / Wikimedia Commons / Reprodução

Em 2002, ele foi resgatado e restaurado por um novo proprietário. Atualmente, o Bloodhound está novamente em boas condições e navegando com frequência, inclusive participando de eventos náuticos clássicos. Há quem tenha a sorte de encontrá-lo, de vez em quando, atracado ao lado do Britannia, em Edimburgo.

Foto: Magnussen, Friedrich / Wikimedia Commons / Reprodução

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Minha 1ª Velejada: saiba como é velejar de graça no Rio Boat Show

    Visitantes do evento podem navegar em veleiros Dingue da CL Vela nas águas da Baía de Guanabara durante o salão

    Torben Grael visita Rio Boat Show e leva alunos de seu projeto social

    "O Rio de Janeiro é um dos maiores centros de náutica do Brasil, então é muito bem-vindo o evento", declarou Torben à NÁUTICA

    Rio Boat Show 2025: confira a transmissão ao vivo do 7° dia

    Canal do Boat Show no YouTube exibe cobertura diária do evento a partir das 20h. Acesse por aqui

    "Sensacional": Zath Mariner comemora vendas fechadas no Rio Boat Show 2025

    Com apenas um modelo em exposição, estaleiro carioca já soma nove embarcações vendidas nos primeiros dias de evento

    Yanmar revela motores mais procurados durante o Rio Boat Show 2025

    Marca apresentou três opções de motorização para diferentes perfis de embarcação