Novo parque marinho corresponde a uma área de quase 100 campos de futebol em Salvador

Por: Redação -
15/04/2019
Foto: Reprodução

O novo Parque Municipal Marinho da Barra, que corresponde a uma área de 701 799,48 m², quase 100 campos de futebol, entre os fortes de Santa Maria (Porto) e Santo Antônio (Farol), teve decreto assinado no último sábado (13) pelo prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto. A documentação conta, também, com ações de preservação ambiental, que envolvem o monitoramento de embarcações que se aproximam na região, controle de pesca, e descarte de lixo na areia ou no mar.

O gestor definiu a criação do parque tende a transformar e inspirar as pessoas a cuidarem da região da praia, a que ele definiu como a melhor praia do Brasil. “Vamos ter um cuidado todo especial, para garantir a preservação da maneira mais completa possível do Parque Marinho da Barra. Acompanhar todo cuidado dos banhistas, das pessoas que andam aqui de bairro”, disse.

“A gente quer trazer uma cultura nova para a Barra, mudar a cabeça das pessoas, porque é algo que não depende só do poder público, mas também do cidadão”, destacou o prefeito, acrescentando que a nova fomentar o turismo ecológico.

Todo acompanhamento do parque natural, para evitar qualquer impacto negativo ao ecossistema marinho, será acompanhada e coordenada pela Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis). Titular da pasta, André Fraga, afirmou que é previsto, também, a preservação dos resquícios históricos do local, a exemplo dos vestígios de três naufrágios, ocorridos na região da Barra, nos séculos XIX e XX: o Bretagne (1903), Germânia (1876) e o Miraldi (1875).

Banhistas, responsáveis por embarcações, e até os turistas, de acordo com o prefeito ACM Neto, passam a ter o compromisso de prezar pela praia Barra e preservação das espécies predominantes na região, obedecendo, por exemplo, o controle de pescados.

“Como engenheiro ambiental, asseguro que é um passo muito grande. Com o parque, garantiremos a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica, além da beleza cênica que não podemos negar que tem essa região de águas cristalinas. Teremos estratégias de turismo náutico e o fomento de pesquisas científicas”, explicou o secretário de sustentabilidade.

LEIA TAMBÉM
>>Conheça os vencedores da primeira etapa do festival de esportes aquáticos Aloha Spirit
>>Rio Boat Show chega em sua 22ª edição no fim do mês. Não perca!
>>Princess Yachts antecipa resultados de vendas de 2018

Fraga comentou, também, que há a intenção de instalar corais artificiais no parque natural. “É uma conquista que veio a partir de uma mobilização social de pessoas que se preocupam com este lugar, que engloba a Baía de Todos os Santos, a maior do país e segunda maior do mundo”, concluiu, considerando a bagagem histórica do local.

A ideia de cuidar das praias do Farol e Porto da Barra, uma das mais frequentadas da capital, surgiu em 2016, quando a organização Fundo da Folia, liderada pelo mergulhador e pesquisador Bernardo Mussi, e composta também por moradores e frequentadores das praias, resolveu que o local precisava de regras de utilização.

“É a realização de um sonho. A gente entende as dificuldades do poder público, e por mais que algumas pessoas não vejam sentido, eu tenho convicção de que é algo grandioso. Só temos a agradecer pelo cuidado e intenção”, comentou Mussi, que se referiu às praias da Barra como um lugar “emblemático”.

O projeto de implantação da área de conservação foi elaborado com base em estudos desenvolvidos em conjunto pelo Fundo da Folia, Universidade Federal da Bahia (Ufba), representada pelo professor de Oceanografia Francisco Barros, pela Universidade Salvador (Unifacs) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IFBaiano).

Pesquisadores defendem que um dos resultados esperados com a criação do parque, previsto no PDDU e Louos, é o repovoamento da área por espécies de peixes que deixaram de existir no local ou que estão cada vez mais raros. O aumento dessas espécies, de acordo com os especialistas, vai beneficiar, ainda, regiões adjacentes.

Todas as regras específicas para banhistas e embarcações, atribuídas ao plano de conservação da área, ainda serão decididas por um conselho formado por pesquisadores envolvidos, moradores, frequentadores, representantes do 2º Distrito Naval da Marinha e Secis.

Receba notícias de NÁUTICA no WhatsApp. Inscreva-se!

Quer conferir mais conteúdo de NÁUTICA?
A edição deste mês já está disponível nas bancas, no nosso app
e também na Loja Virtual. Baixe agora!
App Revista Náutica
Loja Virtual
Disponível para tablets e smartphones

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Marinha envia ao Rio Grande do Sul maior navio de guerra da América Latina

    Embarcação transportará carregamento focado em auxiliar as vítimas das enchentes que devastaram o estado

    Com 9 motores no Rio Boat Show, Mercury vê o salão como oportunidade de "desmistificar o setor"

    Marca apresentou equipamentos que foram dos 50 aos 600 hp, além de três opções elétricas

    Condomínio de luxo na Bahia com marina própria foi atração do Kiaroa no Rio Boat Show 2024

    Localizado na belíssima Península de Maraú, o empreendimento atraiu interessados em morar e investir no local

    No Rio, Yanmar exibiu motor de barco que atravessou o Atlântico em série de NÁUTICA

    Além do estande, fabricante japonesa apareceu em embarcações expostas no salão carioca

    ICMBIO levou Ilhas Cagarras, popular destino náutico do Rio, para dentro do Boat Show

    Rico em materiais visuais e informações, estande contou com a parceria do instituto Mar Adentro, Museu Nacional e projeto Ilhas do Rio