Remador completa sozinho volta na ilha de Fernando de Noronha e atinge marca histórica
Alef Alves, atleta de canoagem, tornou-se o primeiro remador local, e o segundo da história, a terminar o percurso solitário


Demorou, mas valeu a pena. Na última semana (19), depois de 4 horas e 40 minutos solitário a bordo de uma canoa havaiana, do tipo OC1 (versão individual da tradicional embarcação polinésia, projetada para prática esportiva), o remador Alef Alves deu a volta na ilha de Fernando de Noronha e entrou para a história.
Recorde: trio de irmãos atravessa o Pacífico em barco a remo em 139 dias
Britânica se torna a 1ª mulher a remar sozinha da Europa à América do Sul
Inscreva-se no Canal Náutica no YouTube
Em 35 quilômetros de trajeto, ele se tornou o primeiro remador local, e o segundo da história, a completar o percurso sozinho. O pioneiro a atingir tal feito foi Pedro Henrique Almeida Weichert, de Vitória (ES), em 3 horas e 38 minutos.
Ver essa foto no Instagram
Não é de hoje que Alef é apaixonado pelas águas. Natural de Noronha, ele pratica canoa havaiana desde 2015 e detém vários títulos na modalidade, sendo campeão cinco vezes no circuito Aloha Spirit, uma vez do brasileiro por equipe e quinto lugar no Mundial no Havaí na categoria de times.


Entretanto, não seria por conta do seu histórico vencedor como remador que a missão de dar volta na ilha de Fernando de Noronha ficaria fácil — muito pelo contrário. Alef já havia feito o percurso em uma canoa coletiva, mas pela primeira vez, decidiu encarar o desafio sozinho.
Quis me conectar com o mar e viver esse momento de forma plena. Quando estou remando, sinto uma ligação total com o oceano e com a natureza viva que cerca essa ilha maravilhosa– afirmou ao g1
O remador contou que não realizava a volta completa há três anos. Por isso, decidiu retornar de maneira especial — com um recorde!
Desafios na ilha de Fernando de Noronha
As quase cinco horas de percurso foram longas — até mais do que sugerem. Segundo Alef, o maior desafio enfrentado para quebrar o recorde foi a forte ventania na parte final do trajeto.


Quando virei a Ponta da Sapata, encontrei um vento muito forte para retornar ao porto. Fui controlando o ritmo e, aos poucos, consegui avançar– contou ao g1
Apesar das dificuldades, o atleta atingiu seu objetivo. De acordo com Alef, o trecho conhecido como “Mar de Fora” (região com muitas ondas nas praias do Leão, Sueste e Atalaia), estava bastante agitado. Porém, para alegria do remador, a canoa se comportou bem nas adversidades.
Além das várias conquistas como atleta, o noronhense também é instrutor de passeios de canoa havaiana na região. Os trajetos percorrem aproximadamente 6 quilômetros em 2 horas de duração, passando por vários pontos e praias da ilha. O momento ainda conta uma parada para mergulho na Praia da Conceição.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Diretor de Tecnologia do Itaipu Parquetec, mentora de Mobilidade a Hidrogênio da SAE Brasil e diretor de Meio Ambiente do Porto de Paranaguá discutiram o tema
"Estamos juntos na mesma missão de salvar o planeta", declarou Thomaz Toledo, que destacou a iniciativa do barco
Em visita à embarcação pioneira do Projeto JAQ na COP30, Renato Casagrande comentou sobre a importância da iniciativa
Rafael Fonteles conheceu a embarcação 100% movida a hidrogênio verde nesta quarta-feira (12), durante a COP30
Eduardo Leite visitou o primeiro barco-escola do mundo movido a hidrogênio durante a COP30 e destacou o potencial econômico e ambiental da tecnologia




