Barco de 4 600 anos que pertencia a rei egípcio foi descoberto e transportado para museu do país


A Barca do Rei Khufu, o maior e mais velho barco de madeira descoberto no Egito, foi cuidadosamente transferida do Sítio Arqueológico da Pirâmide, perto das pirâmides de Gizé, para o Grande Museu Egípcio, de acordo com as autoridades.
Também conhecido como barco solar, ele possui 4 600 anos e foi definido como o maior navio real arcaico já encontrado no Egito pelos especialistas. Além disso, ele ainda representa um dos mais antigos navios de tábua do mundo. A embarcação possui 44,6 metros de comprimento e seis metros de largura, sem o uso de pregos.

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A barca foi construída para Khufu (ou Quéops), o segundo faraó da Quarta Dinastia do Antigo Reino do Egito, que governou o Alto e o Baixo Egito, em meados do terceiro milênio aC.
Para realizar a transferência, foi necessário desenterrar a embarcação de um poço em pedra, esculpido próximo à Grande Pirâmide de Gizé, no Egito. O barco solar tinha um objetivo básico, de acordo com alguns egiptólogos: transportar o falecido rei do Egito, “ressuscitado e flutuando com o Deus-Sol em sua jornada eterna pelo céu”.

Outros profissionais do ramo propuseram uma alternativa para a sua função, e disseram que a barca era de peregrinação. A teoria é de que ela foi usada por Khufu ainda em vida. A única verdade absoluta é que os arqueólogos que investigaram os restos do barco encontraram evidências de marcas de corda, mostrando, claramente, que o barco havia sido usado na água.
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As evidências também apontam que o poço de pedra não foi construído especificamente para o barco, já que ele não cabia inteiro no local. Assim, foi necessário remontar até 1 224 peças do navio durante um trabalho de reconstrução meticuloso. Ele possui 138 pés (ou 42 metros) de comprimento e 20 toneladas.
O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito anunciou que o barco solar será inaugurado no Grande Museu Egípcio em breve, dentro de uma gaiola de metal em um veículo de controle remoto importado da Bélgica.


De acordo com o comunicado de imprensa, “o complexo permanecerá dentro de sua estrutura metálica até a conclusão da construção do Museu do Barco Khufu, onde um rígido sistema de controle ambiental foi colocado dentro da estrutura. Ele irá monitorar as temperaturas e a umidade, certificando-se de manter as proporções adequadas para manter o composto”.
O Dr. Issa Zidane, diretor executivo de restauração e transferência de arqueologia no Grande Museu Egípcio, indicou que uma vez que o complexo foi instalado, eles enriqueceram e reconstruíram o centro de restauração do museu, garantindo que os trabalhos de exame provassem que o composto está em boa condição.
O transporte foi facilitado devido ao grande trabalho de conservação e acondicionamento da equipe de restauradores, arqueólogos, medidores e controladores desenvolvidos para ajustar a atmosfera ao redor do composto e absorver as vibrações.
Por Naíza Ximenes, sob supervisão do jornalista Maristella Pereira
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