O amor está na água: cavalos-marinhos são flagrados se “beijando”
Mergulhadora fez raro registro do acasalamento de cavalos-marinhos-barrigudos, quando a fêmea transfere seus óvulos para o macho. Assista!


Muito se fala sobre a “gravidez” masculina dos cavalos-marinhos — mas pouco sobre como ela se dá. Essa explicação recentemente viralizou na internet, com direito a um raro registro feito pela mergulhadora Emily May, sob o Píer Rye, na Austrália. No vídeo, o que parece um beijo apaixonado é, na verdade, o processo de acasalamento que resultará no início da “gravidez” de um macho.
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O “beijo” é protagonizado por dois cavalos-marinhos-barrigudos (Hippocampus abdominalis), uma fêmea e um macho, que vivem um verdadeiro “flerte” antes da consolidação do acasalamento. Veja:
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Isso porque a fêmea parece fugir enquanto o macho infla sua barriga para conquistá-la. Quando os dois finalmente se encontram, o resultado é o tão esperado “beijo”. Contudo, o que realmente acontece é muito mais complexo do que parece.
Foi o momento mais lindo que eu vi debaixo d’água– destacou a mergulhadora
Quando os corpos dos cavalos-marinhos se alinham, o que de fato ocorre é a transferência de óvulos da fêmea para a bolsa incubadora o macho. Ainda no vídeo, é possível perceber que o animal se debate após recebê-los. Trata-se do processo feito para estimular a fecundação a partir do contato dos gametas femininos recém-introduzidos com os espermatozoides masculinos.
Daí em diante, os embriões se desenvolvem no interior da bolsa incubadora do macho, por um período de aproximadamente 30 dias. Os cavalos-marinhos caracterizam-se por serem os únicos animais conhecidos com uma “gravidez” masculina, conforme especialistas da Universidade de Sydney.
O cavalo-marinho-barrigudo
Os cavalos-marinhos-barrigudos têm como principal característica o abdômen saliente, que torna o nome autoexplicativo. A espécie é uma das maiores em meio aos cavalos-marinhos, podendo atingir até 35 centímetros de comprimento. Típicos da Austrália e da Nova Zelândia, esses animais são bons nadadores, capazes de viajar por longas distâncias.


Após receber os ovos na bolsa abdominal, o macho os fecunda e os protege até depois do nascimento. Diferente de outras espécies, é ele quem cuida dos filhotes, mantendo-os na bolsa até que estejam suficientemente desenvolvidos para desbravarem o mundo — ou as águas.
A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) detalha que as ninhadas costumam ser compostas por cerca de 240 a pouco menos de 300 indivíduos – embora relatos indiquem que, em cativeiro, os “partos” podem expelir mais de mil animaizinhos.
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