Conheça o raríssimo pinguim-rei amarelo que encantou a internet

Animal foi flagrado pela primeira vez em 2019, em colônia de ilha no Atlântico Sul

24/03/2024
Foto: Instagram @yves_adams / Reprodução

Ao primeiro olhar, o pinguim amarelo que chamou atenção nas redes nos últimos dias pode parecer uma espécie rara, mas, na verdade, não é bem assim. O animal, que se destaca entre outros milhares de sua colônia, pertence à família dos pinguins-reis (Aptenodytes patagonicus). Mas, assim como na animação Happy Feet, apesar de estar entre os seus, ele parece não pertencer ao ambiente em que vive.

Essa sensação é causada, justamente, por sua cor, que difere dos demais. Por algum motivo, o pinguim perdeu a pigmentação de suas penas pretas, ficando somente com as amarelas, dando a ele um destaque especial.

Foto: Instagram @yves_adams / Reprodução

O registro do animal, que voltou a viralizar nas redes, foi feito em 2019, pelo fotógrafo belga Yves Adams, em viagem feita por ele para a ilha Geórgia do Sul, território britânico localizado no Oceano Atlântico Sul. Na época, Adams chegou a dizer que havia ganhado “na loteria da natureza” com a foto que conseguiu capturar, principalmente porque ele foi até lá participar de uma expedição fotográfica.

Teses que explicam o pinguim amarelo

Ao parar um minuto e observar bem as características do pinguim amarelo, é possível perceber que ele é exatamente como os demais — não fosse a falta do pigmento preto em suas penas. Em 2019, Adams sugeriu que a ave possuia leucismo (condição em que apenas parte da melanina é perdida, e algumas áreas do corpo retém cor), e, posteriormente, a bióloga Dee Boersma confirmou a tese.

Foto: Instagram @yves_adams / Reprodução

Professora na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, Boersma mencionou à época ao Live Science que o animal provavelmente é leucístico e não albino, como alguns podem imaginar. Isso porquê o pinguim não perdeu toda a pigmentação do corpo, como aconteceria caso o animal fosse, de fato, albino.


Já o ecologista Kevin McGraw, da Universidade Estadual do Arizona (EUA), discordou. “Como não há melanina, parece albino. É necessário fazer testes com amostras das penas para que não haja equívocos”, argumentou ele.

Foto: Instagram @yves_adams / Reprodução

O Programa Antártico Australiano, por sua vez, considerou naquele ano que a característica pode ser consequência de dietas, doenças, ferimentos ou mutações genéticas, assim, identificar a causa apenas olhando para o animal é uma “tarefa difícil”.

 

Seja lá qual for a real condição do pinguim amarelo, ao que tudo indica, o animal não foi novamente avistado, tornando o registro de Adams uma verdadeira raridade do mundo animal.

 

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