Navio naufragado no século 7 traz informações sobre período histórico no Oriente Médio

Por: Redação -
14/08/2020

Siga nosso TWITTER e veja a série Dicas Náuticas diariamente: @revista_nautica

Um navio do século 7 d.C. naufragado a aproximadamente 47 km ao sul da cidade de Haifa, em Israel, está trazendo novas informações sobre esse período histórico no Oriente Médio. Descoberto em 2015, o naufrágio começou a ser estudado em 2016 e, em 2020, os achados obtidos até agora foram divulgados na revista especializada Near Eastern Archeology.

A embarcação tem 23 metros de comprimento e está situada a 3 metros de profundidade da superfície, porém coberta por 1,5 metro de areia, segundo os autores. “Nós não conseguimos determinar com certeza o que causou o naufrágio, mas acreditamos que provavelmente foi um erro de navegação”, disse Deborah Cvikel, líder da pesquisa, ao jornal The Jerusalem Post.

De acordo com o site Ancient Origins, na época em que o navio afundou, os árabes haviam conquistado a maior parte do que hoje é o Oriente Médio. O século 7 d.C marcou o início da transição do domínio cristão (pelo Império Bizantino) para o muçulmano.

Os arqueólogos encontraram inscrições em árabe e grego em madeira e cerâmicas no navio. Havia ainda símbolos religiosos cristãos e muçulmanos, mas os especialistas não sabem ao certo qual grupo comandava o barco ou se ambos conviviam.

Leia Mais

>> Restos de naufrágio que ocorreu há 200 anos são encontrados no México

>> Naufrágio de mais de 150 anos é encontrado em praia na Austrália

>> Arqueólogos descobrem 12 naufrágios a 1,9 km de profundidade no Mediterrâneo Oriental

Segundo o The Jerusalem Post, entre os itens encontrados no navio estão mais de 100 vasos de cerâmica contendo alimentos como azeitonas, figos e uvas, além de ossos de diversos animais, incluindo peixes. “Não encontramos ossos de humanos, mas acreditamos que porque o barco afundou tão perto da costa, ninguém morreu no naufrágio”, comentou Cvikel à publicação israelense.

Embora cerâmicas fossem comuns naquela época, alguns tipos presentes nessa embarcação são inéditos para os pesquisadores. Para eles, é provável que o navio tenha feito paradas em Chipre, Egito e algum outro porto de Israel antes do acidente.

As escavações no local ainda estão em andamento e mais descobertas surpreendentes estão por vir. “Precisamos desvendar a parte traseira do navio, onde provavelmente o capitão vivia”, contou Cvikel. Segundo ela, mais pesquisas são necessárias sobre os achados divulgados recentemente, como as cerâmicas, os ossos e os artefatos do dia a dia encontrados na embarcação.

Gostou desse artigo? Clique aqui para assinar o nosso serviço de envio de notícias por WhatsApp e receba mais conteúdos.

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Metalu foi responsável por estruturas flutuantes do Rio Boat Show 2024

    Marca é especialista no desenvolvimento, fabricação e instalação de soluções em alumínio para píeres e passarelas há mais de 45 anos

    Empresa planeja plantar 100 milhões de árvores de manguezais na costa de Dubai

    Batizada de Dubai Mangroves, ideia da Urb visa proteger a cidade da erosão e do aumento do nível do mar

    Histórico de luxo e cenário paradisíaco: ilha entre a Escócia e a Irlanda do Norte está à venda por R$ 15 milhões

    Local conta com sete casas, praias de tirar o fôlego, um farol e até heliporto

    Conheça o La La Land, superiate com dois cinemas, duas adegas e duas piscinas

    Embarcação de 44 metros de comprimento atrai olhares por oferecer recursos que só costumam estar presentes em megaiates

    BR Marinas marca presença no Rio Boat Show e registra importância do salão náutico para o setor

    Administradora da Marina da Glória conta com oito marinas distribuídas pela orla do Rio de Janeiro