Conheça 7 navios-fantasmas e suas histórias misteriosas
Desaparecimentos, naufrágios sem sobreviventes e embarcações abandonadas dão vez a uma série de lendas dos mares
Navios-fantasmas costumam despertar o fascínio de muitas pessoas, desde curiosos até os marinheiros mais experientes.
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Desaparecimentos misteriosos, naufrágios sem sobreviventes e embarcações abandonadas são alguns dos pontos de partida para novas lendas. Em clima de halloween, a seguir, NÁUTICA apresenta a história de sete navios-fantasmas.
Mary Celeste
Em 4 de dezembro de 1972, um grupo a bordo do navio Dei Gratia encontrou uma embarcação chamada Mary Celeste à deriva no oceano Atlântico, não muito longe dos Açores. O que mais chamou a atenção é que ela estava completamente deserta — sendo que a informação, à época, é de que ao menos dez pessoas deveriam estar no barco.
O grupo ficou confuso, porque, embora um bote salva-vidas estivesse faltando, nada no navio indicava o motivo pelo qual o Mary Celeste fora abandonado. A embarcação estava transportando mais de 1.700 barris de álcool, alguns dos quais já haviam derramado.
A tripulação do Dei Gratia levou o Mary Celeste para Gibraltar, onde as autoridades britânicas começaram uma investigação sobre o que aconteceu. Eles não foram capazes de chegar a uma resposta definitiva e o caso do navio ainda permanece sem solução, bem como todas as pessoas que estavam a bordo nunca foram encontradas.
Flying Dutchman
O navio fantasma mais famoso de todos é o Flying Dutchman, que assombra as águas perto do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul.
Existem diversas variações da história, mas a mais famosa é que o capitão do navio, Hendrick Vanderdecken, que viveu no século 17, encontrou uma tempestade no Cabo da Boa Esperança e amaldiçoou Deus e todos os elementos que Ele estava enviando. O navio atingiu uma rocha e afundou, levando toda a tripulação junto com ele.
Desde então, há relatos de que o capitão e toda a tripulação fantasma podem ser vistos navegando pelas águas, esperando o dia de serem perdoados.
“Sua entrada foi recusada em todas as portas e estão condenados a ficarem no oceano até o período em que a sua penitência expirará”, conta uma história publicada em um livro de 1803, escrito por John Leyden.
El Caleuche
El Caleuche é um navio fantasma que supostamente navega nas águas da costa do Chile. “El Caleuche sempre navega à noite e aparece de repente em meio ao nevoeiro, sempre muito bem iluminado”, escreveu Ann Bingham em seu livro, o “Mitologia do Sul e Mesoamericana de A a Z” (Chelsea House, 2010).
Segundo a autora, o navio “guarda as águas e pune severamente todas aquelas pessoas que trazem dificuldades para o mar ou para as criaturas que vivem nele”.
HMS Erebus e HMS Terror
Em 19 de maio de 1845 o HMS Erebus e o HMS Terror partiram para a Inglaterra liderados por Sir John Franklin, com a vela definida para o Ártico canadense.
O objetivo era navegar através das águas traiçoeiras que separavam os oceanos Atlântico e Pacífico, para coletar amostras e realizar estudos científicos ao longo do caminho
A bordo estavam 134 oficiais e homens da expedição, mas nenhum deles retornou. Mais tarde, foram encontradas mensagens por uma missão de resgate, que indicavam que os navios ficaram presos no gelo da Ilha do Rei William, no Ártico canadense. Franklin morreu em 11 de junho de 1847 e as embarcações foram abandonadas em 22 de abril de 1848.
Os sobreviventes tentaram atravessar o gelo e alcançar o continente canadense em segurança, mas não é preciso dizer que a missão falhou.
København
Em 14 de dezembro de 1928, o København, um veleiro dinamarquês, deixou o Rio de la Plata, entre o Uruguai e a Argentina, rumo à Austrália. Notável por ter cinco mastros, “era uma embarcação bem fácil de ser encontrada, equipada com rádio, motor auxiliar e amplos botes salva-vidas”, como escreveu Hamish Ross, para a revista Sea Breezes.
“Ele era um navio em treinamento e levava uma tripulação de 60 homens. Muitos deles eram cadetes, alguns de famílias dinamarquesas muito importantes”, complementou.
A embarcação entrou em contato, por meio do rádio, com o navio a vapor norueguês William Blumer, em 21 de dezembro — depois disso, contudo, nunca mais foi vista.
“Após o desaparecimento do København, muitas teorias surgiram a respeito, mas o mais provável é que ele tenha atingido um iceberg na escuridão ou neblina”, escreveu Ross. Existem relatos de uma embarcação fantasma de cinco mastros avistada em 1930. Já em 2012, destroços que poderiam ser do København foram encontrados na Ilha de Tristão da Cunha, ao sul do oceano Atlântico.
HMS Eurydice
Em 1878, o HMS Eurydice, um navio de treinamento da Marinha Real, sumiu enquanto navegava perto da Ilha de Wight, na Inglaterra. Uma repentina tempestade de neve afundou a embarcação, matando 364 tripulantes, depois de um dia calmo. O fenômeno ocorreu tão de repente que as pessoas não tiveram tempo para reagir, de acordo com reportagens da imprensa.
“O Eurydice continuou com a vela levantada e com as suas portas abertas antes de desaparecer no meio da nevasca”, escreveu Victoria Bartlett, em um artigo para o site da BBC. “Por fim, havia apenas dois sobreviventes”. O navio ainda continuou flutuando, mas, por estar fortemente danificado, acabou afundando.
Desde então, relatos de uma embarcação fantasmagórica assombram a área. Marinheiros e visitantes afirmam ter visto um navio fantasma na Ilha de Wight. Na década de 30, um submarino britânico encontrou o HMS Eurydice em sua forma “morta”. Além disso, o príncipe Edward, filho da rainha Elizabeth II, supostamente teria visto o navio durante as filmagens de um documentário, em 1998.
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