Navios da Marinha atracam no Rio, após operação na Antártica

Por: Redação -
29/03/2021

Após cinco meses dando suporte ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), no continente antártico, duas embarcações da Marinha brasileira retornam ao Rio de Janeiro: o navio polar Almirante Maximiano — o “Tio Max”, como é conhecido por sua tripulação — e o navio de apoio oceanográfico Ary Rongel (o “Gigante Vermelho”).

A missão fez parte da Operantar 39, operação iniciada em 1982 e tida como uma das mais complexas e extensas realizadas pela Marinha do Brasil. “A Operação Antártica envolve um planejamento minucioso, para garantir a presença brasileira no continente antártico e assegurar a participação do Brasil nos processos decisórios relativos ao futuro daquele continente, sendo uma parte imprescindível do Programa Antártico Brasileiro (Proantar)”, informa a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha.

Inscreva-se no canal de NÁUTICA no YouTube e ATIVE as notificações

“O Proantar é um programa relevante para o Brasil em virtude do papel da Antártica nos sistemas naturais globais, agindo como principal regulador térmico do planeta, controlando as circulações atmosféricas e oceânicas e influenciando o clima e as condições de vida na Terra”, destacou a DHN.

O “Tio Max” atracou no Rio de Janeiro neste domingo, dia 28. Na segunda-feira, 29, foi a vez do Ary Rongel. Durante a Operação, os dois navios contribuíram para o apoio logístico à Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), principalmente, no que tange ao transporte de materiais e abastecimento de óleo diesel, além de terem realizado levantamentos hidrográficos, visando a construção e a atualização de cartas náuticas que contribuem para a segurança da navegação naquela região.

Ao completar a 39ª Operantar — mesmo nesse cenário desafiador imposto pela pandemia da Covid-19 —, o Brasil renova o compromisso de se manter na Antártica, sustentando os acordos assumidos pelo país no Tratado da Antártica (1959).

A decisão de criar um Programa Antártico partiu do Almirante Maximiano da Fonseca, ministro da Marinha de 1979 a 1984. Daí o seu nome, hoje, estar no casco do maior e mais moderno navio polar do Brasil (93 m de comprimento).

A primeira Operação Antártica (Operantar 1) foi montada em 1982, com a participação do Navio de Apoio Oceanográfico “Barão de Teffé” e do Navio Oceanográfico “Professor Besnard”, da Universidade de São Paulo (USP). O objetivo da missão era identificar um local para implantar uma estação brasileira permanente, condição para o país tornar-se membro do Tratado Antártico. O local escolhido foi a baía do Almirantado, na altura do paralelo 620

LEIA MAIS:

>> ONG de Barra Velha, em Santa Catarina, limpará praias pouco habitadas do Brasil

>> Saiba como o abandono de barcos está danificando os oceanos e a vida marinha

>> Você sabe porque o Green Peace está jogando pedras no mar?

Destruída por um incêndio em 2012, a Estação Antártica Comandante Ferraz foi reinaugurada em janeiro de 2020 com o mesmo nome, ao custo de US$ 100 milhões de dólares, no mesmo endereço da antecessora — a ilha do Rei George, a 130 km da Península Antártica. O prédio principal, com 4.500 m² e 18 laboratórios, pode abrigar 64 pesquisadores.

Gostou desse artigo? Inscreva-se no canal de NÁUTICA no YouTube e ATIVE as notificações para ser avisado sobre novos vídeos.

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Pesquisa usa poemas antigos para apontar queda de golfinhos no Rio Yangtze

    Estudo analisou 724 poemas chineses escritos ao longo de 1.400 anos para mapear distribuição histórica da toninha-sem-barbatana do Yangtze

    Como são feitas as lanchas Focker? NÁUTICA mostra a nova fábrica da Fibrafort

    Neste episódio do "Criadores de Sonhos", Marcio Dottori desvenda as modernas instalações do estaleiro catarinense

    Teste jet elétrico Ventura Orca: emoção 10, emissão zero

    Primeiro jet elétrico do mundo tem torque instantâneo, é rápido, silencioso e deixa apenas água limpa para trás

    Reviravolta: camadas de gelo voltam a crescer na Antártica

    Segundo estudo, estruturas cresceram de maneira anormal, embora recuperação não seja definitiva

    Redemoinho gigante no Mar Báltico avistado do espaço tem motivo revelado

    Registrado em 2018 por satélite, cientistas descobriram que o fenômeno está ligado às árvores; entenda