Scheidt comanda barco brasileiro em duas vitórias na estreia de evento-teste da SSL Gold Cup


Robert Scheidt já foi chamado de “Pelé da vela” inúmeras vezes ao longo de sua carreira como maior medalhista olímpico nacional. Agora, ele literalmente veste a camisa 10 de seleção brasileira, reunida para a SSL Gold Cup, competição entre países e inspirada na Copa do Mundo de futebol, cujo evento-teste ocorre no Lago Neuchâtel, na Suíça. Nesta quarta-feira (29), o capitão e timoneiro do barco do Brasil conduziu seu time à vitória nas duas primeiras regatas. Fosse jogo com a bola nos pés, o placar seria 2 a 0 para a equipe verde-amarela.
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Este é o segundo evento-teste da SSL Gold Cup, cuja competição entre 56 países está programada para os meses de maio a junho de 2022. A equipe brasileira, apelidada de Brazilian Storm, superou barcos de Israel, Omã e Hungria. Os dois primeiros colocados da flotilha avançam ao mata-mata contra os líderes da outra chave, composta por Suíça, Argentina, Croácia e Estônia. A primeira fase do evento-teste foi disputada no início de setembro e vencida pela África do Sul.
Scheidt elogiou a atuação da equipe brasileira. “Tivemos uma boa estreia. Foi um dia bastante difícil, com vento bem forte, entre 18 e 22 nós, e muitas rajadas. E isso testou bastante a nossa tripulação, já que esse barco tem uma área vélica enorme e muita potência. O time conseguiu ter um bom aproveitamento, manobramos muito bem o barco em comparação com os nossos adversários”, comentou o bicampeão olímpico. “Estamos bem satisfeitos por ter chegado ao resultado de hoje e amanhã (quinta-feira, 30) deve ser um dia parecido, com vento forte. Vamos ver se conseguimos repetir um bom desempenho.”
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Na primeira regata desta quarta, o time brasileiro efetuou uma boa largada, acertou as manobras e dominou a disputa. A segunda prova do dia foi diferente. Após um início irregular, conseguiu desenvolver boa velocidade e acertou na tática para se recuperar a cruzar a linha de chegada na primeira colocação. “Realmente foi um dia que exigiu bastante da tripulação, pois o vento forte despeja muita potência nas velas e isso exige muitas decisões ao longo do percurso, devido a necessidade de manobras difíceis dadas a intensidade do vento e a área vélica grande”, explica Scheidt.
A equipe brasileira reúne 10 velejadores de renome internacional. Além do capitão Robert Scheidt, estão a bordo as bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze, e nomes consagrados da vela como Henrique Haddad, Gabriel Borges, Henry Boening, Juninho de Jesus, Joca Signorini, Alfredo Rovere e André Fonseca. Cada atleta tem seu número na camisa – Robert é o 10 – e os uniformes do Brasil, fornecidos pela organização, lembram a “amarelinha” da seleção pentacampeã do mundo de futebol.
Todos os países competem em pé de igualdade. Os veleiros one design são fornecidos pela organização. O barco SSL47 – uma versão do RC44, categoria bastante usada em regatas mundiais – tem regulagens do original que não podem ser alteradas. ”A ideia da SSL Gold Cup é interessante, pois são barcos iguais e o que conta é o trabalho da tripulação”, atesta Robert Scheidt
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