Simulador de barco com IA permite que usuário pilote embarcação em lago de montanha
Novidade foi apresentada pela Brunswick no Consumer Electronics Show; tecnologia deve ser implementada em 2026
Não demorou para que a inteligência artificial chegasse ao universo náutico. Na Consumer Electronics Show, feira de tecnologia realizada em Las Vegas, a Brusnwick Corp. — controladora da Boston Whaler, Mercury Marine e outras marcas do ramo — apresentou um simulador com tecnologia IA para pilotar barcos num lago montanhoso.
Futura aeronave militar dos EUA poderá pousar na água; assista ação
Barco movido a hidrogênio promete operar por 1 hora com apenas 500 ml de água
Inscreva-se no Canal Náutica no YouTube
Ao portal Robb Report, o CEO da Brunswick, David Foulkes, explicou que o simulador “replica a experiência de pilotar um 370 Sea Ray Sundancer”, embarcação da Sea Ray — outra marca pertencente ao grupo.
Apesar de simuladores não serem novidade para a empresa, este se superou, na visão da Brunswick, no quesito tecnologia.
Tem uma tela muito mais imersiva com uma visão de 200 graus dos arredores e feedback de voz. É um cenário muito realista sobre como a nova tecnologia opera– destacou David Foulkes
No simulador, a IA pode atuar até mesmo como “co-capitão”, já que a tecnologia é incorporada à eletrônica do console do leme. A inteligência artificial, neste caso, oferece uma experiência interativa a quem deseja uma navegação mais assistida.
Além disso, a IA entrega um monitoramento de segurança e manobras autônomas. O CEO da Brunswick, não à toa, o compara com um assistente personalizado, que pode fornecer informações, orientar o piloto e até mesmo “assumir o controle em certas ocasiões”.
Você verá como ele rastreia a água no piloto automático, avisa sobre objetos e até mesmo se aproxima automaticamente do lado de outro barco– explica David Foulkes
Para Foulkes, o maior desafio do produto foi “tornar o sistema previsível em um ambiente altamente desestruturado, como um lago ou oceano”. “Temos parceiros militares e de drones que enfrentam desafios semelhantes com o vento e adotamos algumas dessas tecnologias”, detalhou.
De olho no futuro
O simulador de barco com IA foi um dos produtos apresentados pela Brunswick no Consumer Eletronics Show (CES) de 2025, que aconteceu no início de janeiro. A participação da marca no evento foi também um esforço em conjunto para que a companhia seja vista pelo público e pelo mercado financeiro como uma empresa de tecnologia — e não uma fabricante de barcos e motores.
Como prova disso, a marca aumentou suas ofertas na área de tecnologia e investiu em inteligência artificial. Além disso, a Brunswick é uma das poucas empresas de barco na região de Las Vegas, nos Estados Unidos. Mas a guinada rumo ao futuro parece bem clara.
Projetos não faltam: motores de popa elétricos, substituições de geradores a gás e este “leme do futuro”, alimentado por IA. Há também o simulador Fliteboard eFoil que, segundo a marca, replica a experiência de andar em uma prancha de foil elétrica.
No CES deste ano, além do simulador, a empresa também expôs um grande motor elétrico marítimo para um pontoon virtual. A peça central do estande era um Boston Whaler 405 Conquest — este sim, de verdade.
De acordo com a marca — que já está com a cabeça em 2026 — , a exibição do ano que vem terá uma tecnologia de atracação automática, além do leme do futuro disponível em um Boston Whaler 405 Conquest.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Tags
Relacionadas
Novidade foi apresentada pela Brunswick no Consumer Electronics Show; tecnologia deve ser implementada em 2026
Num canto remoto dos Alpes, a Geleira Hintertux conta ainda com gigantesca pista de esqui e um dos teleféricos mais altos do planeta
Lançada no 2º semestre de 2024, embarcação chega como uma complementação da Schaefer V33, lancha brasileira mais vendida nos EUA
“Fórmula 1” da vela atracará pela primeira vez na América Latina nos dias 3 e 4 de maio; Martine Grael comanda equipe brasileira
Flagra aconteceu numa praia na cidade de Perth, na Austrália; o animal é considerado raro pelas autoridades e sobreviveu