Rara “água-viva fantasma” gigante dá à luz a filhotes pela boca
Animal com tentáculos que chegam a 10 metros foi descoberto há mais de 125 anos e desde então só foi visto 120 vezes


Criaturas fascinantes se escondem nas profundezas do mar, despertando o fascínio de quem se interessa pelo universo que existe debaixo d’água. É o caso de uma “água-viva fantasma” que, apesar de ter sido descoberta ainda em 1899, só foi avistada cerca de 120 vezes. Como se fosse uma obrigatoriedade dos animais que habitam essas águas, a criatura carrega consigo características, no mínimo, curiosas.
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Seus traços diferentões começam já no nome: geleia fantasma gigante (Stygiomedusagigantea). Mas não estão nem perto de parar por aí.
Seu “sino”, de 1 metro de largura, é acompanhado por quatro tentáculos em forma de fita que crescem até 10 metros — tornando o animal um dos maiores predadores invertebrados do oceano. Aliás, a espécie está presente em todos eles, exceto no Ártico.


Ao contrário de outras águas-vivas, essas gigantes não têm tentáculos urticantes para capturar presas. Para se alimentar, elas envolvem seus braços em volta da comida — geralmente plâncton ou peixes pequenos — e os içam para dentro de suas bocas.
Outra característica particular desse animal em comparação a outros da espécie é que ele é vivíparo, ou seja, não expele seus ovos no meio externo. Ao invés disso, os filhotes se desenvolvem dentro da mãe e, quando se desprendem de dentro do capuz, nadam para fora através da boca da água-viva fantasma.
Quando expostas à luz visível, essas criaturas gigantes emitem um brilho sutil em tons de laranja e vermelho, graças à bioluminescência — um fenômeno em que produzem luz por meio de reações químicas naturais.
A razão exata desse brilho ainda é desconhecida, mas cientistas sugerem que ele pode servir para comunicação, defesa contra predadores, atração de presas ou parceiros. No entanto, como habitam as profundezas do oceano, onde a luz vermelha não se propaga bem, sua bioluminescência permanece discreta, o que provavelmente as ajuda, também, a se camuflar.


Apesar do tamanho, essa água-viva fantasma quase nunca é vista pelos humanos. Isso porque a espécie geralmente vive em até 6,7 mil metros abaixo da superfície. Em 2022, contudo, pesquisadores as observaram em três ocasiões distintas durante expedições submersíveis na Antártica, em profundidades relativamente rasas, entre 80 e 280 metros.
Em um estudo relatando os avistamentos, os pesquisadores explicaram que é provável que as águas-vivas vivam mais perto da superfície em altas latitudes ao sul, porque variações sazonais na luz solar podem levar as presas para mais perto da superfície.
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