Assustador e fascinante: hotel é apontado como o “mais perigoso do mundo”
O Frying Pan ocupa as instalações de um farol abandonado e fica isolado, a mais de 50 km da costa


Quer viver uma experiência assustadora, porém fascinante? Então o hotel Frying Pan Shoals, que ocupa as instalações de um farol abandonado no meio do Atlântico Norte, nos Estados Unidos — a 52 km da costa da Carolina do Norte — é o lugar certo para você.
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Definitivamente não é fácil se hospedar neste hotel, considerado o “mais perigoso do mundo”. Apesar das diárias não serem proibitivas (cerca de US$ 1.500 por pessoa para estadia de três dias), a distância e a dificuldade de acesso encarecem — e muito — a viagem.
Para complicar, seu acesso se dá apenas por barco ou helicóptero — sem contar a solidão diante do tamanho do oceano. Além disso, ter dezenas de tubarões executando um balé no seu “quintal”, bem embaixo da sua janela, é deveras intimidador.
A história do hotel mais perigoso do mundo
Inicialmente erguida para servir de alerta sobre um banco de areia, a estrutura foi construída em 1964 para ser usada como farol — até porque, naquele lugar, havia acontecido vários naufrágios. Mas acabou por ser abandonado no início dos anos 2000, com a chegada de GPS e dos eletrônicos de última geração.
Com a desativação da torre, a Guarda Costeira dos EUA considerou transformá-la em recife artificial. Porém, mudou de ideia e preferiu fazer um leilão, em 2009 — que acabou em não pagamento do vencedor. Sendo assim, outra sessão foi feita em 2010.
Desta vez, foi arrematada por US$ 85 mil pelo empresário Richard Neal, de Charlotte, Carolina do Norte. Ele preferiu preservar a estrutura, mas transformá-la em um hotel: o Frying Pan Shoals (A Torre de Frigideira, em tradução literal).
O hotel fascinante possui 465 metros quadrados de área útil, com oito quartos, uma cozinha bem equipada, grande área para refeições e atividades de lazer; banheiros e uma grua para o rápido içamento das pessoas e do material que chegam de barco.
Falando em lazer, a estrutura tem um minicampo de golfe, mesa de sinuca, uma TV, sinal com acesso à internet e muito mais. Entretanto, toda essa estrutura não significa que este seja um hotel cinco estrelas. Afinal, não há uma única fonte de água potável por lá.
Perigoso? Nem tanto
Sobrevivente de alguns furacões, o hotel “mais perigoso do mundo” se mostrou bem seguro, ao sair ileso de todos desastres que já enfrentou. Até seu proprietário, que estava a bordo no Frying Pan em pelo menos três deles, saiu com nenhum ferimento.
Richard Neal, para salvar o antigo farol do desgaste, fundou uma organização sem fins lucrativos, que cultiva mais de 170 mil seguidores no Facebook e muitas doações. Além disso, vários profissionais ofereceram trabalhos voluntários, enquanto a Amazon fornece itens indispensáveis para se viver na torre.
E pelo visto, todo este cuidado valeu a pena, visto que, quando construído, a estrutura tinha uma expectativa de 50 anos de vida, marco que ultrapassou em 2014. Embora este hotel fascinante não seja tão perigoso quanto sugere, vale ressaltar: para quem teme isolamento e tem medo de altura, este hotel não é recomendado.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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