Em harmonia com o meio-ambiente, Casa Península encanta pela arquitetura diferenciada
Localizado na baiá do Guarujá, construção não altera a paisagem de maneira decisiva
Uma construção que vive em harmonia com o meio-ambiente e encanta pela arquitetura. Essa é a Casa Península, localizada na baía do Guarujá, projetada pela Bernardes Arquitetura e que não altera de maneira decisiva a bela paisagem do litoral de São Paulo.
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Mistura perfeita entre casa e natureza, para esta construção estar de pé não houve nenhum desmatamento ou terraplanagem. Afinal, ela foi erguida em superfície de declive acentuado, que, no entanto, não sofreu qualquer alteração.
Para não derrubar nenhuma árvore, a Casa Península foi construída uma plataforma sobre o terreno acidentado, de 1.300m², sobre a qual o imóvel se estrutura, coincidindo com a incidência da luz solar e com os ângulos da paisagem ao redor.
Quando você se coloca em cima desse bloco suspenso, com o mar lá embaixo, parece que está em um navio – disse o arquiteto Thiago Bernardes, um dos autores do projeto
A construção paira sobre o mar, como um mirante, com aproveitamento máximo de insolação e da vista. Além disso, essa casa é dividida em três partes com diferentes níveis de privacidade — já que é um retiro de férias e fins de semana exclusivo dos proprietários, um casal com filhos de várias idades.
Os 850 m² estão divididos em três níveis: um pavimento retangular básico; o nível intermediário, mais vazado; e o volume triangular suspenso. O acesso principal da Casa Península está no térreo, onde estão o home-theater, a área de serviço e as quatro suítes de hóspedes — que lembram o deque de uma embarcação.
O pavimento intermediário é o espaço de uso social e de lazer, com sala de jantar, living, copa, cozinha varanda e piscina que formam praticamente um só ambiente — excelente ponto de encontro para a família. Já o espaço interno integra-se ao exterior graças às janelas de vidro e às pedras utilizadas no piso.
Enquanto isso, o terceiro nível — localizado no alto — é um triângulo, com uma diagonal traçado no sentido norte-sul, decorrente do estudo de insolação e da melhor vista do mar, como já mencionado — embora não esteja alinhado com os limites da construção, que provoca um movimento surpreendente.
Esse volume suspenso possui uma das arestas em um grande balanço de noves metros em direção ao mar, fazendo-nos lembrar, por vezes, um grande barco – Thiago Bernardes
Inclusive, é lá que ficam as suítes do casal e do filho menor. De acordo com o arquiteto, o cobre natural perfurado foi escolhido para a fachada por ser um material que terá boa reação à passagem do tempo: ou seja, que envelhece bem, apesar da ação da maresia.
Parte interna da Casa Península
A parte interna, composta por produto de designers renomados, é simples e puro, com poucos materiais, principalmente a madeira brasileira freijó, que aparece no forro de toda a ala social, nos quartos e nos gabinetes do banheiro da suíte do casal.
Além disso, a mesa da sala de jantar, desenhada pelo mesmo escritório de arquitetura, tem um formato triangular que, além de inusitado, é funcional e acomoda 12 pessoas. Na suíte do casal, cama, banco e poltrona Moleca — criação de Sergio Bernardes, mestre do mobiliário brasileiro.
Este que, por sua vez, é pai de Claudio e avô de Thiago, que com a Casa Península expande o legado da família, uma história que atravessa três gerações. Inclusive, o morador — um empresário que nunca tinha trabalhado com o escritório — havia feito ao arquiteto uma única recomendação: “quero uma coisa diferente”.
Dito e feito, já que ganhou uma casa não apenas diferente, mas também ousada, marcante e que se harmoniza e dialoga com a natureza. A Casa Península se distancia de todas outras construções ao mesmo tempo que está próxima do mar, e arranca suspiros de quem passa pela baía do Guarujá.
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