Familiares de Amelia Earhart se pronunciam diante de possível descoberta de seu avião
Apesar de família da piloto revelar o que espera do destino da aeronave, existem dúvidas quanto a posse do avião
Recentemente, a história da pioneira da aviação Amelia Earhart ganhou um novo capítulo. Isso porque um grupo de exploração acredita ter encontrado o avião que ela pilotava em 1937 ao tentar contornar o mundo. Agora, seus familiares se pronunciaram diante da possível descoberta.
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O grupo de exploração em questão é o Deep Sea Vision (DSV), que divulgou, no final de janeiro deste ano, imagens de um sonar subaquático em que é possível observar o contorno do que seria o Lockheed Electra — a aeronave que Amelia pilotava quando desapareceu.
Apesar de a descoberta ainda não ter sido confirmada e existirem contrapontos, o sobrinho-neto de Amelia, Bram Kleppner e sua mãe, Amy Kleppner, de 92 anos, se pronunciaram a respeito do assunto.
Ao The Times, Bram revelou que “a família está esperançosa por uma resposta sobre o destino de Earhart.” De acordo com ele, a aeronave “está no lugar certo” e “com certeza parece um avião.”
Já a mãe de Bram, Amy Kleppner — uma das poucas pessoas que conheceram Amelia em vida –, revelou ao The Times que gostaria de ver os restos mortais da piloto sendo devolvidos e enterrados em sua cidade natal — Atchison, no Kansas, Estados Unidos.
Foi onde Amelia nasceu e onde passou grande parte da sua juventude sob os cuidados dos avós. Com sorte, vai acabar em um lugar onde qualquer pessoa interessada poderá passar algum tempo com ela– Amy Kleppner, ao The Times
Há dúvidas quanto a posse do avião ser de familiares de Amelia Earhart
Ainda em conversa ao The Times, familiares de Amelia Earhart comentaram que, caso a descoberta da DSV seja realmente do avião da piloto, a família gostaria que a aeronave fosse colocada no Smithsonian Museum, em Washington, nos EUA.
Acontece que não é tão simples assim. Há uma série de dúvidas sobre quem tem a propriedade do avião, já que Amelia comprou a aeronave com dinheiro arrecadado pela Purdue Research Foundation — e planejava devolvê-la à Universidade Purdue.
Além disso, Andrew Pietruszka, arqueólogo subaquático do Scripps Institution of Oceanography, na Califórnia, mencionou ao The Times que, caso o avião esteja em águas internacionais, “provavelmente poderá ser reivindicado pelos descobridores, seguindo a lei de salvamento.” Para o arqueólogo, aliás, não está claro que a aeronave seja mesmo a de Amelia.
Ele leva em conta o fato de que outros grupos de exploração já disseram ter encontrado o avião, uma vez que a área foi sobrevoada por aeronaves japonesas e americanas durante a Segunda Guerra Mundial, tornando esse um fato comum.
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