Pesquisadores brasileiros identificam novo peixe pré-histórico encontrado na Antártica

Fóssil de 6 cm revelou animal que viveu entre 145 e 66 milhões de anos, durante o período Cretáceo

Por: Nicole Leslie -
25/08/2025
Foto: TV Globo / Reprodução e Maurilio Oliveira (2024) / Revista Scientific Reports / Reprodução

Pesquisadores brasileiros descobriram uma nova espécie de peixe pré-histórico na Antártica, que foi conterrâneo de dinossauros como o T-Rex. O fóssil, encontrado em 2019, teve a espécie revelada em uma publicação feita na revista Scientific Reports, do grupo Nature, no dia 11 de agosto de 2025.

A nova espécie foi nomeada Antarctichthys longipectoralis. Estima-se que ela tenha vivido em regiões costeiras, próximas a abismos oceânicos profundos, durante o período Cretáceo (entre 145 e 66 milhões de anos atrás).

Fóssil encontrado na Antártica tem aproximadamente 6 cm. Foto: TV Globo / Reprodução / Via g1

O novo peixe pré-histórico foi identificado a partir do estudo de um pequeno fóssil de 6 cm. Para evitar danos ao material, os cientistas usaram uma técnica de microtomografia para reconstituir o animal em 3D.

Ilustração projeta como seria o Antarctichthys longipectoralis em vida. Obra de Maurilio Oliveira (2024). Foto: Revista Scientific Reports / Reprodução

A microtomografia é semelhante a uma tomografia comum, mas utiliza raios-X em menor escala. A técnica é ideal para não danificar o material delicado, o que permitiu aos cientistas examinarem as estruturas internas do fóssil, cuja preservação é tida como rara para achados tão antigos.

Imagem reúne dados sobre o fóssil encontrado na Antártica em detalhes. Foto: Revista Scientific Reports / Reprodução

A descoberta foi resultado de um trabalho conjunto entre pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A expedição fez parte do Projeto Paleontar, vinculado ao Programa Antártico Brasileiro, que busca fósseis com potencial de relação com a América do Sul.


A bióloga Valéria Gallo, da Uerj, disse à revista Veja que o estudo sugere que a Península Antártica poderia ter um clima mais quente e maior biodiversidade do que a ciência conhece hoje. Ou seja, estudos de fósseis podem abrir portas sobre a evolução da vida no hemisfério sul.

 

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