Pesquisa aponta que 100% das praias do Brasil contêm resíduos plásticos

Isopor, bitucas e tampinhas encabeçam lixo encontrado; NÁUTICA tem atuado na propagação de campanha educativa sobre o tema

03/10/2024
Imagem ilustrativa / Envato

Mais de 20 anos atrás, as cartilhas do cartunista Ziraldo na campanha “Só jogue na água o que o peixe pode comer”, feita em parceria com NÁUTICA, já diziam: “estão sujando as águas do mundo”. O Brasil, com uma costa de mais de 7,6 mil km, não escapou dessa estatística, e agora tem um dado alarmante: 100% das praias do país contêm resíduos plásticos.

É o que mostra uma pesquisa do projeto Expedição Ondas Limpas, feita pela ONG Sea Shepherd em parceria com o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), entre abril de 2022 e agosto de 2023.

Imagem ilustrativa / Envato

Para chegar à conclusão, estudiosos analisaram mais de 7 mil quilômetros de litoral, cobrindo 306 praias, em 201 municípios dos 17 estados da costa brasileira.

 

As regiões Sul e Sudeste se mostraram as mais poluídas, com destaque — negativo — para as cidades de Mongaguá, em São Paulo, e Pântano do Sul, em Florianópolis, Santa Catarina.

Imagem ilustrativa / Envato

A praia de Pântano do Sul lidera a pesquisa com os maiores níveis de contaminação do país nas três categorias analisadas: microplásticos, macrorresíduos e macrorresíduos plásticos. Nesta praia foram encontrados 144 resíduos plásticos por metro quadrado — enquanto em Mongaguá o número chega a 83 por metro quadrado.

 

Entre os macrorresíduos — maiores e mais fáceis de identificar — o volume de poluição está concentrado em fragmentos de isopor, cigarros (filtros e bitucas) e tampas de garrafas. Logo em seguida estão linhas de nylon (geralmente usadas para a pesca) e embalagens de comida.


Enquanto o problema persiste, NÁUTICA conscientiza

No ano de 1998, em parceria com NÁUTICA, Ziraldo criou o “peixinho” que estampa a campanha de NÁUTICA “Só jogue na água o que o peixe pode comer”, ressaltando a importância do cuidado com o bem mais precioso do planeta em muitos pontos do litoral brasileiro.

Foto: Daniel Xavier e Carlos Roberto/ Revista Náutica

Ao longo de mais de 20 anos, a ação distribuiu cartilhas educativas sobre o tema, além de brindes com a arte de Ziraldo estampando porta-copos, bolsas, toalhas e até boias.

Foto: Arquivo Revista Náutica (Não reproduzir sem autorização expressa de @revistanautica)

Seguindo o legado do cartunista, que nos deixou em abril deste ano, NÁUTICA tem propagado a campanha de Ziraldo nos eventos Boat Show, que atraem milhares de apaixonados por barcos em cada uma de suas edições.

Foto: Daniel Xavier e Carlos Roberto/ Revista Náutica

Falando diretamente com quem vive sobre as águas do Brasil e do mundo, a continuidade do projeto deixado pelo cartunista alerta ao mesmo tempo que educa, falando, principalmente, com as crianças. Era o próprio Ziraldo quem dizia: “quem for atingido hoje (pela campanha), daqui 15 anos vai estar dirigindo alguma coisa e vai ter essa consciência.”

Foto: Revista Náutica

A ação leva aos salões náuticos — considerados os maiores do país e até da América Latina –, cartazes e ações educativas práticas, como painéis informativos que usam dos traços de Ziraldo para promover maior conscientização.

 

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