Ataques de tubarões a embarcações podem estar ligados a ondas eletromagnéticas do motor
Animal fica confuso ao capturar as movimentações do equipamento
Não é difícil encontrar relatos de ataques de tubarões aos barcos. Contudo, nem sempre as investidas violentas dos animais estão ligadas à intenção de ferir as pessoas a bordo, mas, sim, a uma busca por alimentos “dentro da dieta” comum do animal.
Marte influencia oceanos da Terra com “redemoinhos gigantes”; entenda
Casal transforma container de navio em casa aconchegante e sustentável
Inscreva-se no Canal Náutica no Youtube
Recentemente, Kayleigh Grant, mergulhadora americana e especialista em encontro com tubarões, analisou um vídeo em que um tubarão-branco rodeia um barco de pescadores e acaba mordendo o motor da embarcação — que estava desligado e não causou danos ao animal.
Apesar de parecer um vídeo comum, o conteúdo fornece informações valiosas sobre o comportamento do tubarão, explicadas por Grant. Ela observa que a embarcação utilizada pelos pescadores trazia “uma cabeça de peixe na água” e peixe cortado no convés — técnica usada para atrair peixes, inclusive tubarões.
Ver esta publicação no Instagram
A partir dessa informação, imagina-se que o animal foi atraído pelo cheiro do peixe no barco e, por isso, começou a rodear a embarcação dos pescadores. Mas por que, então, o tubarão morde o motor da embarcação?
Ondas eletromagnéticas podem explicar ataques de tubarões aos barcos
A resposta está em uma característica do animal, presente em seu focinho, que carrega pontos, chamados de ampolas de Lorenzini. Essas ampolas conferem ao tubarão a capacidade de captar movimentações eletromagnéticas na água, para que ele localize suas presas.
No caso do barco, o animal foi atraído pelo cheiro da carne do peixe, mas mordeu o motor porque era no equipamento que estavam presentes as ondas eletromagnéticas que suas ampolas o ajudaram a identificar, provavelmente vindas das bobinas do equipamento, conforme explica Grant.
Não é um tubarão sendo agressivo com os humanos ou perseguindo os motores maliciosamente. Pode parecer óbvio para alguns, mas muitos olham para isso e dão má fama aos tubarões– explicou Kayleigh Grant.
A mergulhadora completa mencionando que, “na maioria das vezes, o impacto humano é o que faz com que o tubarão se comporte de determinada maneira”.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Batizada de Seadeck 6, embarcação foi apresentada em piscina no maior evento de design do mundo, na Itália
USS George Washington atracou no Brasil como parte da operação Southern Seas, que visa incentivar a cooperação entre os países
Novo sistema de transporte aquaviário contará com três catamarãs e capacidade para 60 pessoas em cada viagem; data de inauguração ainda não foi divulgada
Modelo nasce como “projeto mais inovador” do estaleiro, com tecnologias sustentáveis e até uso de Inteligência Artificial
Com o nome de Interceptor 48 Pilot, novidade é fruto de parceria com a empresa irlandesa Safehaven Marine