Khalilah à venda: superiate de 162 pés “feito de ouro” tem desconto milionário
Icônica e extravagante, embarcação sofreu duas reduções de preço nos últimos três meses; descubra o valor
O mercado de superiates não conhece a palavra “limites” quando o assunto é extravagância. Prova disso é o Khalilah, icônica embarcação “feita de ouro” que, nem assim, consegue encontrar um dono para chamar de “seu” desde 2019. Essa história, contudo, promete estar com os dias contados.
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A My Ocean, corretora responsável pela embarcação, recalculou a rota e baixou o preço do superiate de 162 pés (49 metros de comprimento) duas vezes nos últimos três meses, totalizando um desconto de 3 milhões de euros (aproximadamente R$ 13 milhões, em conversão realizada em janeiro de 2024).
Sendo assim, atualmente o preço para adquirir este brinquedo é de “apenas” 19,9 milhões de euros (aproximadamente R$ 123 milhões). O valor, apesar de ser o mais baixo já registrado para a venda do barco, não soma grande desconto quanto convertido em real.
Isso porque em 2019, quando foi colocado à venda, o superiate “de ouro” valia 28,5 milhões de euros (R$ 130 milhões à época). Já em 2023, o valor caiu para 24,9 milhões de euros (quase R$ 134 milhões naquele ano). Ou seja: de 2019 para cá, o valor em euro caiu 33%, enquanto que, no real, a redução foi de apenas 5%.
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Vale ressaltar que o célebre barco tem mais de 11 anos de vida. Feito pelo estaleiro Palmer Johnson, o superiate foi entregue ao seu proprietário em 2014 e, cinco anos depois, já se encontrava à venda. Atualmente, ele está atracado em Barcelona.
Luxuoso e reluzente
Se a extravagância ficasse apenas no casco, estava de bom tamanho. Mas este superiate — que parece ter sido feito por um joalheiro — se trata do maior navio privado construído inteiramente de carbono, e ainda sustenta outros luxos nas partes interna e externa.
Essa belezinha tem um design exclusivo de casco triplo que o torna mais largo do que o comum e, mesmo que pareça mais volumoso do que sugere, o interior não deixa a desejar em espaço. O Khalilah possui 11 cabines que, ao todo, podem acomodar 11 pessoas — além de acomodações para nove tripulantes.
Assim como a origem do seu nome (que vem do árabe e significa “amigo”), o Khalilah tem um toque típico do Oriente Médio em sua decoração — mesmo que oscile entre ilustrações de beija-flores e murais de polvo. O piso de carvalho manchado complementa os estofados avantajados.
Reformada em 2020, com uma reforma técnica abrangente em 2023, ela agora tem uma plataforma de popa ampliada e novos estabilizadores. Mas o melhor vem depois: um beach club à beira-mar, com degraus que levam os hóspedes a centímetros das águas.
Não poderia faltar uma banheira de hidromassagem ao ar livre e uma espaçosa área de estar no deque superior — na companhia de estátuas de ursos de pelúcia em tamanho real.
Para descansar, o salão do deque principal tem uma atmosfera relaxante, com janelas do chão ao teto que oferecem uma vista deslumbrante do oceano. Na hora de jantar, suntuosas portas de vidro levam até a área de refeição ao ar livre, que conta com uma mesa de jantar de madeira sob medida para 10 pessoas. Na velocidade, o barco navega a até 25 nós (46,3km/h).
Nem tudo que reluz é ouro
Dada a descrição do barco e suas recentes quedas de preço, vem aquela famosa “pulguinha atrás da orelha”: se ele é tão bom, por que algum ricaço ainda não o comprou?
Primeiro, é importante ressaltar que este superiate não é feito de ouro de verdade. Ele foi pintado com um tom especial de Cordova Gold com acabamento perolado dourado, que se destaca conforme a luz o atinge — mas a resposta não vem exatamente daí.
A baixa adesão vem do mercado. Desde que a My Ocean, que tem como CEO Johny Dodge, assumiu o superiate “de ouro”, o setor enfraqueceu. Segundo um relatório do Monaco Yacht Show, as vendas de iates usados — caso do Khalilah — , caíram 9%.
Dodge afirma que o Khalilah é um dos barcos com preço mais competitivo nessa faixa de tamanho — e ressalta a oportunidade de compra-lo antes da temporada de verão. Segundo ele, “sempre há um iate maior, mas este é um dos mais icônicos do mundo”.
Já que a esperança é a última que morre, Dodge imagina que alguém “jovem, com visão de futuro” e apaixonado por “inovação, impacto e destaque” será o novo proprietário desta extravagância. Inclusive, a My Ocean é especializada em vendas de criptoativos, e aceita criptomoeda na venda do Khalilah e outras operações.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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