Entenda como Japão pode ter R$ 94 bilhões debaixo d’água nos próximos 30 anos
O Japão reúne construções famosas que vão desde templos religiosos milenares ao famoso trem-bala. Em 1994, foi a vez do país inaugurar um projeto ambicioso: o aeroporto flutuante de Kansai, no meio da Baía de Osaka. Acontece que, agora, menos de 30 anos depois, a estrutura está prestes a ir, literalmente, por água abaixo.
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Isso porque estimativas indicam que o aeroporto flutuante afundará completamente dentro dos próximos 30 anos. Até agora, a construção já afundou 11,5 metros no mar. Enquanto isso, mais dinheiro é gasto, já que engenheiros estão atuando em ações de resgate, que ultrapassam os R$ 700 milhões.
Vale dizer que os aeroportos do Japão vivem uma espécie de “maré de azar” no momento. Nesta terça-feira (16), dois aviões colidiram no aeroporto New Chitose, em Hokkaido, durante uma forte nevasca — sem deixar feridos. Isso apenas 15 dias após um acidente semelhante acontecer no aeroporto de Haneda, em Tóquio, deixando 5 vítimas fatais.


Um aeroporto sobrevivente
Com custo de R$ 94 bilhões, o Aeroporto Internacional de Kansai foi construído para aliviar o fluxo do aeroporto de Osaka — principal aeroporto doméstico na região próxima às cidades de Osaka e Kyoto.
A obra também visava questões econômicas, funcionando como um terminal aeroportuário, já que a região perdia, na época, seu poder comercial para Tóquio – capital do país.
O aeroporto flutuante japonês foi construído sobre duas ilhas artificiais na Baía de Osaka, conectadas à região de Rinku por uma ponte sobre a água, uma vez que o aeroporto local, o Osaka Internacional, não consegue se expandir devido aos subúrbios densamente povoados que rodeiam a região.
Apesar de estar afundando, o aeroporto já sobreviveu a grandes desastres naturais. Em 1995, um ano após sua inauguração, a construção resistiu ao terremoto de Hanshin. Em 2018, um tufão passou pelo local, inundando as pistas e, poucos dias depois, um navio-tanque colidiu com a ponte que conecta o aeroporto ao continente.
Agora, resta aos engenheiros seguir atuando no local. Por mais que soubessem que a estrutura corria risco de afundar ao longo de um período de 50 anos, os profissionais imaginavam que poderiam estabilizá-lo a cerca de 4 metros acima do nível do mar. Porém, isso parece cada vez mais distante da realidade.
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