Fórum Náutico Paulista lança barco que custa menos de R$ 100 mil

Para estimular indústria náutica de São Paulo, projeto Meu Primeiro Barco traz embarcação a preço mais acessível

20/10/2023

Uma lancha em fibra de vidro que, já equipada com motor e itens de série, custa menos de R$ 100 mil. A SPrint 16 é a novidade que o Fórum Náutico Paulista (FNP) apresentou na manhã desta sexta-feira (20), na Represa de Guarapiranga, em São Paulo. O modelo faz parte do projeto Meu Primeiro Barco, que busca alavancar a indústria náutica paulista.

Graças à iniciativa, o barco de 16 pés pode ser comprado a partir de R$ 98,8 mil, para os primeiros modelos vendidos, já pronto para navegar. O projeto, idealizado por Benedito Prado Neto e Marcio Dottori, e realizado pela Câmara da Indústria Náutica do Fórum Náutico Paulista surgiu em 2016, ainda dentro da Revista Náutica, onde ocorriam as reuniões das Câmaras.

É um filho de toda a indústria náutica paulista. Batalhamos muito por ele e conseguimos implantar o projeto– Marcio Dottori, um dos fundadores do FNP, sobre a SPrint 16

O objetivo do Meu Primeiro Barco é lançar barcos de diferentes categorias, como lanchas, veleiros ou infláveis, a preços atrativos para atrair novos navegadores, ao mesmo tempo que impulsiona o mercado náutico do estado de São Paulo.

Para atingir a finalidade do programa, a embarcação deve atender a alguns requisitos: ser muito segura, insubmersível, ter capacidade para pelo menos cinco pessoas, ser multiuso (passeio, esqui/wake, pesca e mergulho, no caso de lanchas) e estar totalmente pronta para navegar, incluindo até mesmo o material de salvatagem e a carreta rodoviária.

 

Além disso, o conjunto barco-carreta não pode ultrapassar 750 kg — para facilitar o reboque por uma camionete ou SUV — e os componentes, sempre que possível, devem ser fornecidos pela indústria náutica paulista. Entre os parâmetros do projeto está o preço: deve ficar na casa dos R$ 100 mil.

A SPrint 16, apresentada no Clube de Campo do Castelo, atende a todas essas demandas com maestria. A lancha, produzida pela Kuarup Náutica em parceria com a Yamaha, Arieltek e a Korg Carretas, foi totalmente fabricada com itens do mercado náutico paulista, com exceção do motor. Ainda assim, é um barco 100% nacional, privilegiando a indústria náutica do nosso país.

Não há nem um parafuso nesse barco que não tenha sido produzido no Brasil– Marco Antônio Castello Branco, presidente do FNP

Marco Antônio Castello Branco, presidente do FNP, Walter Baère, sócio diretor da Kuarup, e Dóris Miller, diretora comercial da Kuarup.

Com 16 pés (5 m de comprimento e 2 m de boca), a embarcação em fibra de vidro é equipada com um motor de popa Yamaha de 60 hp (4 tempos). Até 5 pessoas podem navegar no barco, seja para passear, pescar, mergulhar ou até mesmo praticar esportes aquáticos, como wakeboard.

Nós transformamos o convés em um convés versátil, tanto para utilização quanto na hora de guardar, já que ela pode ser rebocada. Você pode tê-la em uma marina ou levar para vários lugares– Dóris Miller, diretora comercial da Kuarup Náutica

O estaleiro, a propósito, já laminou barcos para as marcas Fishing e Laleman — de onde saiu o casco da SPrint 16.

“Vamos divulgar [o barco] para todas as marinas do estado de São Paulo, temos mais de 400 marinas e garagens náuticas. Dois terços delas estão no interior do estado, navegando em lagos, represas, rios. Justamente o perfil desta embarcação”, conta Paulo Cossa, coordenador da câmara da indústria náutica no FNP.  

Outras embarcações do Projeto Meu Primeiro Barco

A SPrint 16, contudo, não é a primeira embarcação desenvolvida a partir do Projeto Meu Primeiro Barco. Já foram criados, como protótipos ou já navegando, três modelos: uma lancha de alumínio, da Levefort (Malibu 16 Sport), um veleiro de fibra, da Veleiros Flash Craftec (Flash 170) e, claro, a lancha de fibra da Kuarup Náutica (SPrint 16).

Malibu 16 Sport, da Levefort

A Malibu 16 Sport, primeira lancha do projeto a sair do papel, foi, inclusive, testada por Marcio Dottori, que, na época, atuava como diretor técnico do Grupo Náutica. O modelo ainda foi exposto em 2017 em uma Feipesca, que aconteceu junto com o São Paulo Boat Show daquele ano, no São Paulo Expo.

Veleiro Flash 170, da Veleiros Flash Craftec

Vale mencionar que uma primeira versão da SPrint 16 surgiu ainda em 2019. O modelo, que também chegou a ser exposto no São Paulo Boat Show daquele ano, foi novamente produzido pela Kuarup Náutica, em uma parceria com a Ford.

Na época, a fabricante trabalhou em parceria com a engenharia do estaleiro de Caçapava para desenvolver um motor de hidrojato, que equipou a embarcação. Por fim, com a chegada da pandemia, a Ford encerrou suas atividades no Brasil e, com isso, a continuidade do barco foi inviabilizada.

Projeto nasceu dentro do Fórum Náutico Paulista

O Fórum Náutico Paulista existe, oficialmente, desde 2016, embora tenha começado, ainda nas primeiras braçadas, em 2013, com a participação da Revista Náutica, do São Paulo Boat Show, Governo do Estado de São Paulo e Acobar.

Paulo Cossa, coordenador da câmara da indústria náutica no FNP; Adrian Meusburger, da Vivant SP; Marco Antônio Castello Branco, presidente do FNP; Walter Baère, sócio diretor da Kuarup; Dóris Miller, diretora comercial da Kuarup; Eduardo Colunna, presidente da Acobar; Fernando Bonini, velejador; Marcio Dottori, engenheiro civil; e Mário Bandeira, CT Marinas e Meio-Ambiente do FNP.

Em 2016 começaram as primeiras reuniões do FNP na Revista Náutica, que na época, tinha sua sede na Faria Lima — hoje em dia, o escritório funciona no Itaim Bibi. Marcio Dottori, inclusive, que atuou como consultor e diretor técnico do Grupo Náutica de 1992 a 2018, foi um dos fundadores do FNP em 2016, trabalhando no Fórum como coordenador das Câmaras de Turismo, Navegação e Segurança, de 2016 a 2022.

 

O Fórum Náutico Paulista é dividido em quatro câmaras: Câmara de Marinas e Meio Ambiente, Câmara Temática de Turismo, Câmara Temática da Indústria Náutica (cujo nome inicial era Câmara de Motores) e Câmara de Navegação e Segurança. Até 2022, o FNP estava sediado na Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Paulo e, neste ano, passou para a Secretaria de Turismo.

 

“Vale agradecer o presidente do FNP,  Marco Antonio Castello Branco, o presidente do Grupo Náutica, Ernani Paciornik. Ambos apoiaram muito o desenvolvimento da indústria náutica paulista em uma série de ações que culminaram na criação do Fórum e suas realizações. Prova disto é que, atualmente, o setor náutico paulista está inserido no turismo oficial do Estado de São Paulo, dada sua importância econômica e fomentadora de renda e empregos”, comentou Marcio Dottori.

 

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