Islândia suspende evento de caça anual de baleias
Mesmo com sua importância na vida marinha, ainda existem países que permitem a caça das mais variadas espécies
O ministro da Alimentação da Islândia, Svandis Svavarsdottir, suspendeu o evento anual de caça das baleias. A decisão foi tomada logo após um relatório realizado pelo próprio governo apresentar discordâncias entre a prática e uma lei do país.
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Em comunicado, o ministro afirmou que o evento de caça das baleias não prevalece o bem-estar do animal. A declaração foi elogiada por grupos de ambientalistas.
De acordo com o relatório produzido pela Autoridade Alimentar e Veterinária islandesa, o tempo das caças às diversas espécies de baleias ultrapassou o limite da Lei de Bem-Estar Animal. Em um dos casos citados, foi exibido um vídeo onde pescadores perseguiram por mais de cinco horas uma baleia.
Mesmo que a Islândia seja um país dependente financeiramente do evento de caça das baleias, atualmente não existe tanto lucro como antes. O mercado japonês superou seus números, tanto que, em 2020, uma empresa islandesa deste mercado optou por suspender seus trabalhos, alegando o baixo nível de retorno financeiro. Por enquanto, a Hvalur é a única empresa desse ramo em funcionamento. Mas, sua licença irá expirar ainda este ano.
População é contra o evento
Paralelamente ao relatório do governo, outra pesquisa foi realizada. Nela foi constatado que cerca de 51% dos islandeses com 60 anos ou mais é contra o evento de caça das baleias. Por outro lado, ainda existem 29% de apoiadores. Atualmente, além da Islândia, Japão e Noruega permitem esse tipo de prática.
Pela lei islandesa, está autorizada a caça de até 209 baleias-comuns e 217 baleias-anãs em cada temporada. No entanto, ainda existem diversos protestos por parte dos órgãos de defesa do direitos dos animais, para haver a suspensão definitiva do evento.
Segundo o diretor executivo da Humane Society International da Europa, Ruud Tombrock, as baleias enfrentam muitas ameaças nos oceanos, como a poluição, o emaranhamento em redes de pesca e até as mudanças climáticas.
Por isso, acabar com a caça dessa espécie seria a solução ideal. Robert Read, chefe da Sea Shepherd do Reino Unido, apoiou a ideia de Ruud e revelou que a caça das baleias não deveria ser feita por humanos em qualquer lugar.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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