Relógio de vítima do Titanic vai a leilão e pode ser arrematado por R$ 385 mil
Item pertenceu a dinamarquês que tinha 27 anos quando morreu na tragédia


Um relógio de bolso que pertenceu a uma das vítimas do Titanic, que naufragou há 113 anos, vai a leilão no próximo dia 26 e pode ser arrematado por até R$ 385 mil. O objeto pertenceu ao dinamarquês Hans Christensen Givard, que tinha 27 anos quando o navio afundou após colidir com um iceberg.
Homem que sobreviveu a naufrágio em 1871 embarcou no Titanic 40 anos depois do trauma
Titanic: documentário traz detalhes inéditos do naufrágio
Inscreva-se no Canal Náutica no YouTube
A peça não funciona devido às baixíssimas temperaturas a qual foi submetida, por isso, inclusive, parece estar congelada no tempo. A venda foi anunciada pela casa de leilões Henry Aldridge and Son, no Reino Unido, que marcou o leilão ao vivo para este sábado, 26 de abril.
Embora o lance inicial seja de 18 mil libras, cerca de R$ 135,7 mil (conversão realizada em abril de 2025), a estimativa da casa é que a peça seja arrematada entre 30 mil e 50 mil libras, que equivalem a valores que vão de R$ 226 mil a R$ 377 mil.


A casa descreve o item como um relógio de bolso aberto, parcialmente dourado, feito em prata e latão, com a caixa decorada com pombas. Tem pinos cravejados e mostrador com algarismos romanos e arábicos.
O item foi recuperado entre os pertences de Hans, que viajou na segunda classe da embarcação, cujo corpo foi encontrado no Atlântico Norte. No objeto, é possível observar marcas da corrosão causadas pela água do mar — que serve como mais uma lembrança sutil e silenciosa do episódio que marcou a história.
O dinamarquês foi encontrado com outros itens, como chaves, carteira, uma caderneta onde anotava poupanças, outro relógio e uma bússola. Tudo foi entregue à família que, mais de um século depois, decidiu colocar um dos itens à venda.


O naufrágio do Titanic
Considerado o mais moderno e luxuoso navio de sua época, o Titanic foi construído pela companhia White Star Line, e partiu em sua viagem inaugural no dia 10 de abril de 1912, saindo de Southampton (Inglaterra) rumo a Nova York (Estados Unidos).
Na noite de 14 de abril, o navio colidiu com um iceberg no meio do oceano Atlântico. Os danos à embarcação fizeram com que ela começasse a afundar. Estima-se que às 2h20 da madrugada do dia 15 de abril o barco naufragou completamente.
Havia cerca de 2,2 mil pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes. Aproximadamente 1,5 mil pessoas morreram, principalmente por hipotermia, nas águas geladas do oceano.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Reimar e Bethina Hoffmann revelaram à NÁUTICA os segredos e o futuro dos hélices em entrevista a Marcio Dottori. Assista
Coloração dos mares, rios e lagos dependem de uma série de combinações geológicas, biológicas e químicas
Rudiger Köch passou 120 dias a 11 metros do nível do mar para provar que cápsula sustentável pode ser uma opção de moradia
Especialista que atua como consultor do projeto destaca que impactos da construção "não foram estudados o suficiente"
Cientistas propõem que a estratégia poderia abastecer milhares de casas devido a capacidade de armazenamento