Pesquisa mostra que litoral pode promover melhorias na saúde
Países europeus e Austrália tiveram dados levantados para analisar influência na população
Quando o assunto é litoral, grande parte das pessoas concordam que ir à praia renova as energias e traz sensação de bem-estar. Foi para tentar comprovar de vez essa tese que o Grupo de Psicologia Ambiental da Universidade de Viena, na Áustria, iniciou uma pesquisa que envolveu dados de 15 países.
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Publicada na revista Communications Earth & Environment como parte do projeto “Mares, Oceanos e Saúde Pública na Europa”, a pesquisa envolveu cerca de 15 mil participantes em 15 países: Bélgica, Bulgária, República Tcheca, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Espanha, Reino Unido e Austrália.
Responsável por liderar o projeto, a cientista Sandra Geiger utilizou dados dos países listados para entender melhor quais os verdadeiros impactos na vida de moradores e visitantes do litoral. A conclusão: a baixada litorânea está, sim, associada a uma saúde melhor, independente do país ou classe social.
É impressionante ver padrões tão consistentes e claros em todos os 15 países. Agora também demonstramos que todos parecem se beneficiar de estar perto do litoral, não apenas os ricos. – Sandra Geiger, cientista líder da pesquisa
Apesar de os efeitos do litoral na melhora da saúde terem sido oficialmente comprovados, não se trata de uma descoberta nova. Além de ser uma tese levantada por quem gosta de aproveitar a praia, outros profissionais da saúde já recorreram anteriormente ao mar para tratamentos.
Ainda em 1660, na Inglaterra, médicos já indicavam banhos de mar e caminhadas costeiras para benefícios à saúde, assim como em 1800, período em que os cidadãos europeus mais ricos utilizavam o contato com o ar e a água do mar como tratamento de saúde.
Conforme os avanços tecnológicos do século 20 apareciam, esses métodos foram perdendo espaço, mas práticas naturais parecem estar em ascensão mais uma vez.
“Os benefícios substanciais para a saúde do acesso igualitário e sustentável às nossas costas devem ser considerados quando os países desenvolverem seus planos espaciais marinhos, considerarem as futuras necessidades de habitação e desenvolverem conexões de transporte público”, afirmou a Dra. Paula Kellett, do European Marine Board.
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