Pinguim aparece em praia de Cabo Frio (RJ), surpreende banhistas e levanta dúvida: é normal?
Apesar de ter sido visto navegando tranquilamente, presença do animal em águas brasileiras levantou questionamentos


Um vídeo publicado no Instagram chamou a atenção dos internautas por mostrar um pinguim nadando nas águas da região de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Filmado por um banhista, o animal parece tranquilo, mergulhando e voltando à superfície das águas transparentes. Mas, afinal, ter pinguins no Brasil é normal?
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Os pinguins são aves oceânicas da ordem Sphenisciformes, adaptadas à vida aquática graças a sua capacidade de usar as asas para propulsão — o que resulta em uma velocidade de até dez metros por segundo embaixo d’água.
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Quando se pensa em um pinguim, contudo, a imagem que vem à mente é a de um animal vivendo no gelo, bem longe de um país tropical como o Brasil. Muito por isso, o registro do animal em águas brasileiras levantou questionamentos quanto à naturalidade de sua presença por aqui.
Pinguins no Brasil: é normal?
Apesar de as consequências do aquecimento global ocasionarem cenas incomuns no reino animal, a presença de pinguins no Brasil é considerada normal — ao menos nessa época do ano. Isso porque todos os anos, durante o outono-inverno, os pinguins migram das águas da Patagônia, na Argentina, em busca de alimentos e águas mais quentes.
Portanto, de março a setembro, sobretudo os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) passam pelas águas do sul e sudeste brasileiro. Sua presença nas praias, como no vídeo, se dá principalmente por pinguins mais jovens, que acabam se perdendo da corrente marítima.


Segundo informações do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) e do Instituto Argonauta para Conservação Costeira e Marinha, desde maio de 2024, já foram encontrados cerca de 43 pinguins-de-magalhães nas praias de São Paulo — 24 resgatados vivos, 19 sem vida e 11 seguem em reabilitação na Unidade de Estabilização de São Sebastião e no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Ubatuba.
Em entrevista à CNN, o oceanólogo Hugo Gallo Neto explicou que “os pinguins que chegam aqui, em sua grande maioria, são animais jovens e por serem a primeira migração, eles se perdem do grupo. Muitos chegam debilitados, exaustos, desnutridos e com algumas doenças adquiridas no percurso”.
Viu um pinguim? Saiba o que fazer!
O Instituto Argonauta orienta que, ao encontrar um pinguim, vivo ou morto, não se deve tocar no animal — para que ele não sofra ferimentos extras ou fique estressado. Além disso, aqueles que visualizarem as aves não devem manusear as carcaças do animal.
Caso o animal seja encontrado no litoral paulista (principalmente em Ubatuba), o PMP-BS/Instituto Argonauta deve ser contatado por meio do telefone 0800 642 3341. Se possível, elabore uma sombra e afaste o pinguim de animais domésticos para que ele fique protegido dos demais perigos até que a equipe chegue.
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