Vírus gigante encontrado no Ártico pode amenizar efeitos do aquecimento global

Estudo aponta que o organismo, mil vezes maior do que o vírus da gripe, consegue desacelerar o derretimento do gelo; entenda

Por: Redação -
13/06/2024
Amostra com o vírus gigante. Foto: LinkedIn Universidade de Aarhus/ Reprodução

O derretimento de geleiras é uma das consequências do aquecimento global que mais preocupam os especialistas, mas um vírus gigante pode estar entrando em cena para atrasar os efeitos negativos. É o que apontam cientistas da Universidade de Aarhus, na Dinamarca.

O estudo, publicado na revista científica Microbiome, mostra pela primeira vez a existência de tais vírus gigantes no gelo da Groenlândia. Até então, só se sabia sobre a presença deles em oceanos, solo e ou pessoas.

De acordo com os especialistas, tudo indica que os vírus gigantes se alimentam das algas pretas e vermelhas que crescem nas camadas de gelo, funcionando como um mecanismo que controla e retarda as florações.

 

Isso é importante, pois durante os períodos mais quentes, essas algas se multiplicam com mais facilidade, escurecendo os pontos em que se encontram. A mudança da tonalidade faz com que fique mais difícil para o gelo refletir a luz solar, o que, consequentemente, acelera o derretimento da água.

Impacto do vírus gigante no gelo

O resultado do estudo é bastante animador para os cientistas, ainda mais diante de previsões negativas.

 

Conforme relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), o Ártico pode ficar quase totalmente livre de gelo no verão de 2040 — situação capaz de aumentar a ocorrência de eventos climáticos extremos e impactar a cadeia alimentar.


Soma-se a isso o fato de que o degelo ameaça o permafrost, solo que passa o ano todo congelado e que armazena vírus antigos e grandes quantidades de gases do efeito estufa que já estavam neutralizados, como carbono e metano.

 

O vírus é caracterizado como gigante por ser em torno de mil vezes maior do que vírus amplamente conhecidos, como o do HIV ou da gripe. Ainda assim, vale pontuar que não são vistos a olho nu, nem com microscópio óptico — tendo sido identificados por meio de análises de DNA nas amostras coletadas.

 

Segundo Laura Perini, uma das autoras do estudo, novas pesquisas serão realizadas ainda neste ano. A expectativa é de que o conhecimento sobre os vírus gigantes contribua com a criação de ferramentas que amenizem o derretimento do gelo.

 

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