Após 3 anos vivendo em veleiro de 10 metros, Tamara Klink anuncia volta ao Brasil

Atualmente na Groenlândia, navegadora revelou que voltará à França e ao Brasil temporariamente para reencontrar familiares e amigos

16/10/2024
Foto: Instagram @tamaraklink / Reprodução

Depois de três anos morando a bordo de seu veleiro de 10 metros, a Sardinha 2, Tamara Klink decidiu que era a hora de voltar “para casa” — ao menos temporariamente. As aspas ao se referir ao lar da jovem de 27 anos se dão pelo fato de que, cada vez mais, a aventureira mostra que sua casa, mesmo, não tem endereço fixo.

O anúncio da volta ao Brasil foi feito através de seu Instagram na última segunda-feira (14). Não é de hoje, contudo, que o mar se mostra como o lugar onde a filha do navegador Amyr Klink — a primeira pessoa a atravessar o oceano Atlântico a remo, em 1984 — se sente mais confortável.

 

 

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Esse barco foi minha casa na França, me trouxe pra Groenlândia/Kalaallit Nunaat, me abrigou dos gelos, foi tolerante com meus erros e foi minha cidade quando o mar congelou– escreveu ela em seu Instagram

Tamara atravessou o Mar do Norte em solitário, da Noruega à França, em 2020, e se tornou, em 2021, a mais jovem brasileira a cruzar o Atlântico também em solitário — da França ao Brasil. Seu maior feito, contudo, aconteceu neste ano, quando ela atravessou o Circulo Polar Ártico e se tornou a primeira mulher a passar o inverno no Ártico sozinha, presa no mar congelado da Groenlândia por oito meses.

Depois de 3 anos morando na Sardinha-2, desaprendi a ter água corrente, chuveiro, tomada e cadeiras que saem do lugar– revelou a jovem navegadora


“Daqui a pouco, o mar vai recongelar. Invernar de novo foi tentador, mas estava na hora de reencontrar minha avó antes do aniversário de 90. Agradeço aos groenlandeses e à prefeitura de Ilulissat por nos receber, nos emprestar o playground da escola para pôr o barco e cuidarem da Sardinha-2”, completou Tamara, ainda em seu Instagram.

Foto: Tamara Klink / Divulgação

Durante sua invernagem no Ártico, a navegadora passou três meses sem ver o sol, quatro sem ver humanos e um semestre inteiro presa no gelo, com temperaturas na casa dos -40ºC, derretendo pedaços de icebergs para beber água.

Foto: Tamara Klink / Divulgação

O cenário gélido e o estilo de vida na Groenlândia, contudo, parecem ter encantado Tamara Klink de alguma forma. Isso porque, ainda no post, ela revela que sua ideia, agora, é “visitar família e amigos na França e no Brasil, antes de voltar pra casa, na Groenlândia”.

 

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