Veterano da Marinha completa 100 anos com homenagem em cerimônia especial
Militar atuou na preparação do Brasil para a 2ª Guerra e é o praça mais longevo do Corpo de Fuzileiros Navais


O fuzileiro naval reformado Edson Arguelho da Silva acaba de completar 100 anos. Em comemoração, o militar recebeu uma homenagem em uma cerimônia especial da Marinha, em Ladário (MS). Edson é o praça mais longevo do Corpo de Fuzileiros Navais e atuou na preparação do Brasil para a Segunda Guerra Mundial.
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O veterano da Marinha prestou continência durante o arriamento do Pavilhão Nacional, no dia 23 de outubro, e foi recebido com o sinal da corneta e sete vivas com apito, em celebração ao seu centésimo aniversário.
A Marinha é minha vida, minha segunda casa– destacou


O evento teve início com um cerimonial à bandeira narrado, no 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas (3ºBtlOpRib). Apresentações das crianças e adolescentes do Programa Forças no Esporte e da Banda do Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN), composta por fuzileiros navais, incrementaram a comemoração.


Houve ainda o corte do bolo com “parabéns” — que foi realizado ao som do hino do Fluminense, time de coração do terceiro-sargento. Para completar, a tripulação prestou continência ao militar pelos seus 100 anos de vida.
“Sinto-me honrado em celebrar o centenário de vida do veterano fuzileiro naval Edson. O militar é um exemplo de resiliência, sabedoria e coragem”, declarou o contra-almirante Alexandre Amendoeira Nunes, comandante do 6ºDN.
Sua dedicação ao serviço, lealdade à bandeira nacional e amor à pátria são exemplos inspiradores para as novas gerações que buscam seguir seus passos– completou o contra-almirante
Um século de histórias
Edson Arguelho da Silva iniciou sua trajetória nas Forças Armadas em 2 de janeiro de 1943, quando ingressou como marinheiro-recruta na 1ª Companhia Regional de Ladário. Pouco tempo depois, após 6 meses, foi promovido a soldado fuzileiro naval. Já em 1944, foi selecionado para realizar manobras e exercícios em preparação para a Segunda Guerra Mundial.
De acordo com o veterano da Marinha, o período de preparação foi de muito treinamento e exercício. Os militares foram transferidos para a Ilha da Trindade (ES) e, de lá, seguiram para a Europa. Com o fim do conflito em 1945, o terceiro-sargento voltou a Ladário.
Um fato curioso é que, durante uma missão em Corumbá (MS), o fuzileiro naval quase morreu ao sofrer um acidente de jipe. Após o ocorrido, que deixou como sequela uma perda óssea no braço, ele se tornou um militar reformado.
O terceiro-sargento não esconde o carinho pela Marinha. Em outra ocasião, após ser transferido para um hospital que não era militar ao ter uma complicação de saúde, o marinheiro veterano pediu para ser transferido de volta ao Hospital Naval de Ladário.
Família de militares
Após o serviço prestado às Forças Armadas, a família de Edson se inspirou em seguir a mesma carreira. Quatro filhos, quatro netos e três bisnetos do fuzileiro naval se tornaram militares.


O primeiro-sargento Wesley é um deles. Com 26 anos de serviço e atuando no Comando do 6º Distrito Naval nos dias atuais, ele faz questão de ressaltar o carinho que tem pelo avô e pelo pai — também militar –, e como eles foram essenciais para a escolha de seu futuro.
“Eu sempre tive um grande exemplo dentro de casa, não só do meu pai, mas também do meu avô Edson. Desde pequeno, via o orgulho quando nos mostrava fotos com o uniforme e as histórias que contava”, relatou Wesley.
Ele sempre dizia que ser militar não era apenas uma profissão, mas uma missão de vida. Acho que foi isso que me inspirou a seguir o mesmo caminho– destacou
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