Empresa americana pretende relançar lendário “barco voador”

Versão modernizada do clássico Catalina pode voltar aos céus até 2029

28/07/2023

O anfíbio avião Catalina, ícone da Segunda Guerra Mundial, pode retornar nos próximos anos. Pelo menos, é isso que a empresa estadunidense Catalina Aircraft, detentora dos Certificados de Tipo do clássico Consolidated PBY Catalina, mais conhecido como “barco voador”, planeja até o final desta década.

Anunciado durante a Oshkosh 2023, maior feira de aeronaves do mundo, a versão moderna do Catalina tem planos de divulgar a reinicialização em 25 de julho, no show aéreo de AirVenture Oshkosh, em Wiscosin (EUA).

Na feira, a empresa sediada na Flórida divulgou o novo nome da nova embarcação, que será chamada de Catalina II Amphibious Turboprop. Inclusive, a versão modernizada da aeronave já está preparada para receber pré-encomendas, segundo a empresa.

 

Lawrence Reece, presidente da Catalina, se mostrou entusiasmado com o novo barco, ressaltando a importância que sua aeronave moderna oferecerá em missões e diversos segmentos do mercado.

O interesse no renascimento deste lendário anfíbio tem sido extraordinário – Lawrence Reece, presidente da Catalina

Segundo Reece, o novo modelo contará com motores e aviônicos modernos, que darão à embarcação “capacidades que nenhum outro anfíbio pode fornecer hoje.” O barco voador ainda será maior, mais rápido, terá maior alcance e capacidade de carga em relação ao antigo Catalina.

 

A empresa americana, responsável pela nova versão do barco, afirma que seu novo lançamento poderá operar em pistas pavimentadas, de grama, terra, em rios e baías, além de lagos e em mares abertos, sendo capaz de enfrentar ondulações de até três metros.

Em seu retorno ao mercado, a Catalina pretende atender operadores civis e militares, com diferenças técnicas entre cada uma. A variante civil, por exemplo, terá peso máximo de decolagem de 14.515kg, com capacidade para 34 passageiros ou 5.443kg de carga.

Enquanto isso, a versão militar terá um peso máximo de decolagem maior, alcançando até 18.143kg. Em ambos os modelos, o barco voador será impulsionado por motores turboélices e a aeronave será construída com materiais modernos e resistentes, segundo a empresa.

História do Catalina

Foto: U.S. Naval History and Heritage Command / Divulgação

O Catalina foi criado para ser um avião de patrulha a ataque antissubmarino, e cumpriu sua missão. A aeronave fez seu primeiro voo em 1935, sendo fabricado até 1945 com 4 mil unidades entregues ao redor do mundo.

 

Realizando missões de bombardeio, escolta marítima, busca e salvamento de transporte, o Catalina teve um papel muito importante durante a Segunda Guerra Mundial. Com muita praticidade de pousar tanto nas águas quanto no solo, o avião ainda voava longas distâncias.

 

A FAB (Força Aérea Brasileira) possui dois Catalinas tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Um está localizado no Memorial da FAB na Amazônia, na Base Aérea de Belém (PA), e o outro está no Musal (Museu Aeroespacial), no Rio de Janeiro.

 

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