Aumento na utilização do plástico pode extinguir vidro marinho

Material tem sido cada vez menos utilizado, mesmo podendo ser 100% reciclado

13/10/2023

Talvez muitos não saibam, mas aquelas pedrinhas coloridas na areia da praia — que mais parecem pedras preciosas — são, na verdade, pedaços de vidro marinho. O material, apesar de comum, está perto de se tornar raro.

Os primeiros registros do vidro datam de e aproximadamente 7 mil anos atrás. Os mercadores fenícios, ao fazerem uma fogueira na areia da praia, se tornaram os responsáveis pela descoberta, já que a junção de fogo com areia e nitrato de sódio resultou em… vidro.

A partir daí, locais como Egito, Grécia e Roma passaram então a utilizar o material para a produção de janelas, pratos, jarros e copos.

 

Durante muito tempo, o vidro foi o recipiente preferido de boa parte da população para armazenagem de líquidos e alimentos, como refrigerantes e leites. Após utilizado, o material  é descartado em lixões ao ar livre, expostos à chuva e ao vento e próximos a cursos d’água.


Dessa forma, após o descarte, o vidro acaba colidindo com outros objetos e se quebrando em vários pedaços menores. Esses pedaços viajam pelos cursos d’água e chegam ao mar, em que a força das ondas faz com que os cacos rolem e deslizem no fundo do oceano, num movimento que arredonda suas bordas e o deixa fosco.

 

Assim surge o vidro marinho — as famosas pedrinhas coloridas encontradas na praia. Sua coloração é uma das principais responsáveis por fazer com que o vidro marinho seja utilizado na produção de joias, por exemplo.

Apesar disso, com o aumento do uso do plástico, encontrar pedras coloridas na areia da praia vai ser uma tarefa cada vez mais difícil.

 

Vale ressaltar que o plástico oferece um impacto ambiental muito mais perigoso ao ambiente marinho, devido à poluição por microplásticos, enquanto o vidro é 100% reciclável. Ativistas ambientais já têm exigido alternativas ao plástico, sugerindo, por exemplo, a reutilização do vidro e do metal, que podem ser reciclados mais facilmente.

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Futurista e feita de titânio: conheça a lancha de 55 pés que parece uma nave espacial

    Com estilo contemporâneo, será a primeira embarcação lançada pelo estaleiro Mirrari, dos Emirados Árabes Unidos

    Litoral de São Paulo e do Rio pode ter ondas de até 3 metros neste sábado (18)

    Alerta da Marinha do Brasil vale para as cidades de Santos e Campos dos Goytacazes; confira dicas de segurança em caso de ressaca marítima

    Projeto na Croácia quer criar cinco vilas ecológicas de luxo à beira mar com direito a barcos elétricos

    Ideia da eD-TEC visa redefinir o conceito de vida de luxo, oferecendo energia solar às moradias durante os 365 dias do ano

    Criança de 11 anos encontra fóssil de ictiossauro pré-histórico, o maior réptil marinho que já existiu

    Com a companhia do pai e pesquisadores, garota ajudou a desvendar a vida marinha de 200 milhões de anos atrás

    Arquipélago de São Pedro e São Paulo, pedaço do Brasil mais próximo da África, ganha nova estação de pesquisa

    Construção substituirá a atual e garantirá a continuidade dos interesses nacionais na região rica em biodiversidade e história