Mitológica, histórica e geográfica: conheça a origem dos nomes dos oceanos
Personalidades da mitologia grega, da história da navegação e até uma constelação influenciaram os registros
A grandiosidade dos oceanos se reflete também na origem de seus nomes, que remontam a períodos mitológicos, históricos e geográficos, atribuindo a essas vastas imensidões azuis um repertório ainda mais fascinante.
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Mesmo com profundezas ainda misteriosas, os oceanos revelam quase que diariamente surpresas que instigam ainda mais a curiosidade sobre o que mais pode existir debaixo de suas águas. Enquanto a ciência cuida dessa parte, por aqui vamos entender um pouco mais sobre a origem dos nomes dos oceanos.
Oceano Atlântico
O Oceano Atlântico carrega consigo um batismo mitológico, baseado na mitologia grega. Tudo começou quando o titã Atlas se envolveu em uma luta contra os deuses do Olimpo (Zeus, Hera, Poseidon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite, Hermes e Dioniso).
Como punição, o titã foi condenado por Zeus a carregar o céu nas costas, até que Hércules, filho do próprio Zeus, deu novos rumos a esse cenário. A versão de Atlas conta que Hércules construiu a ele dois pilares para sustentar os céus, tirando o titã de sua punição.
Livre, Atlas começou a reinar do lado oeste do Mediterrâneo, um lugar banhado pelo oceano que ficou conhecido, então, como Oceano Atlântico.
Oceano Pacífico
Já com toques da história da humanidade, o Oceano Pacífico foi batizado pelo explorador português Fernão de Magalhães (responsável por liderar a primeira viagem de circum-navegação ao globo, de 1519 até 1522, ao serviço da Coroa de Castela, na Expedição de Magalhães) ainda no início do século 16.
Em busca de uma rota para a chamada “ilha das especiarias” a serviço da Coroa Espanhola, Fernão passou por momentos desafiadores — e aterrorizantes — ao navegar pelo Estreito de Magalhães. A passagem navegável de 600 km de extensão é tida como a mais importante entre os oceanos Pacífico e Atlântico e reserva duras condições de mar aos navegadores.
Depois de superar o estreito, a expedição de Fernão chegou a um novo e enorme oceano com águas muito calmas. Inspirado por tamanha calmaria, o oceano foi, então, batizado por ele de “Mar Pacífico”. Com o tempo, perceberam que, apesar de mais calmo que o Estreito de Magalhães, o Pacífico não era tão calmo assim — mas o nome segue até os dias atuais.
Oceano Índico, Ártico e Antártico
Os nomes Índico, Ártico e Antártico, por sua vez, reservam origens geográficas. Índico, por exemplo, vem do subcontinente indiano, ao qual está adjacente. As rotas comerciais e a importância histórica da Índia contribuíram para essa denominação.
Já o Ártico vem a palavra grega “Arktikos”, que significa “perto do urso” ou “do urso” — uma referência à constelação da Ursa Maior, visível no hemisfério norte, onde o oceano está localizado.
Por fim, o Oceano Antártico traz uma origem que deriva da palavra “Antártica”, que significa “oposto ao Ártico” (do grego “anti”, que significa “oposto”, e “arktikos”, que se refere à região do Ártico).
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