Fazer xixi no mar da Espanha pode render multa de R$ 4,5 mil aos turistas; entenda
Projeto de lei tramita em Marbella e quer proibir moradores e visitantes de se aliviarem nas águas das praias
Quem já passou por uma situação de aperto na praia sabe que fazer xixi no mar pode parecer a opção mais óbvia para encontrar o desejado alívio. Mas na Espanha, agir dessa forma deve ser a última opção para aqueles que não pretendem abrir os bolsos.
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Isso porque os vereadores da cidade costeira de Marbella votaram a favor de um projeto de lei que, entre outras coisas, institui multa de até 750 euros — ou R$ 4,5 mil, na conversão atual — aos turistas que urinarem nas águas de uma das 25 praias da região.
O documento ainda deve passar por consulta pública antes de se tornar lei, mas de acordo com ele, “evacuação (defecação, micção, etc) no mar ou na praia” corresponde à infração leve, passível de punição.
A prefeitura não informou como pretende fiscalizar os turistas que tentarem fazer xixi no mar de forma furtiva, mas aponta que será da responsabilidade da Câmara Municipal a instalação de “sanitários públicos acessíveis a cada 150 metros”.
Além da proibição do xixi no mar, o projeto elenca uma série de medidas a serem tomadas para garantir a “segurança, gestão e bom uso” das praias, já que a população triplica em Marbella a cada verão por conta dos pontos turísticos.
O aumento populacional, inclusive, é apontado como cada vez mais longo, em vista das mudanças climáticas que estão ampliando a duração dos dias de calor.
Dentre os outros pontos passíveis de multa, está a impossibilidade dos banhistas brincarem com bolas dentro d’água, reservarem uma área com guarda-sol, jogarem pontas de cigarro ou restos de comida no chão, ouvirem música alta, levarem animais domésticos para a areia e exercer qualquer atividade comercial não autorizada previamente.
Fazer xixi no mar faz mal para o meio ambiente?
De acordo com um estudo realizado pela Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês), a resposta para essa pergunta é: não.
Isso porque a urina humana é composta, em 95%, por água. O restante contém sais diversos e ureia, que até poderia prejudicar a vida marinha, mas em vista do volume do oceano, não gera problemas.
A pesquisa ainda aponta que mesmo que toda a população mundial fizesse xixi no mar ao mesmo tempo, a concentração de ureia seria pequena em comparação ao tanto de água e acabaria diluída.
O importante é lembrar que isso não vale para áreas de preservação natural, como recifes de corais — que podem ser afetados pelos nutrientes presentes na urina –, pequenos corpos d’água, ou piscinas — já que o cloro da água reage com a ureia e gera moléculas capazes de irritar olhos, narizes e pulmões.
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