Jarros, pratos e canhões: naufrágio do século 16 surpreende com itens intactos; veja fotos
Itens de pelo menos 500 anos constituem boa parte da carga encontrada na França, que foi incrementada com lixo


Registros da história nos ajudam a entender como a vida acontecia no passado e a traçar planos para o futuro. Nesse sentido, um naufrágio descoberto por acidente na França traz vestígios conservados do século 16 — embora com um toque do presente, representado por um assunto que não poderia ser mais atual: a poluição dos mares.
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Na costa sudeste da França, perto de Saint-Tropez, a 2.642 metros de profundidade, o que parece ser um possível navio mercante italiano do século 16 representa uma verdadeira viagem ao passado. A embarcação, descoberta por acidente, está carregada de artefatos da época: cerca de 200 jarros, 100 pratos amarelos, um par de caldeirões, uma âncora e seis canhões.


Observando os detalhes, a carga fica ainda mais intrigante. Alguns dos itens carregam o monograma “IHS”, as três primeiras letras do nome grego de Jesus, enquanto outros foram aprimorados por padrões geométricos ou inspirados em plantas. Para os arqueólogos, esses fatores são evidências que sustentam a tese de que a carga era originária da região da Ligúria, no atual noroeste da Itália.
O naufrágio, contudo, não traz apenas recordações do passado. Junto aos objetos históricos, foram encontrados, também, itens contemporâneos. As fotos feitas por robôs subaquáticos revelam ao menos dois artefatos que se parecem com latas de alumínio de bebidas.


A tese, embora não confirmada, não surpreende, já que não é incomum exploradores identificarem sacolas plásticas em alguns dos pontos mais profundos dos oceanos ao redor do mundo todo. Ainda assim, um futuro modelo digital 3D da embarcação deve revelar com mais exatidão os detalhes sobre os itens descobertos.
Naufrágio do século 16 foi descoberto por acidente
O “naufrágio mais profundo já encontrado em águas territoriais francesas”, como define Arnaud Schaumasse, chefe do Departamento de Arqueologia Subaquática, foi descoberto por acidente.


Em março deste ano, militares franceses faziam uma expedição de rotina usando um drone subaquático, que visava monitorar potenciais recursos oceânicos e rotas de cabos em águas profundas. O que eles não esperavam era que o equipamento sinalizaria algo consideravelmente maior no mar.
Para entender melhor do que se tratava, a equipe voltou ao local mais preparada, desta vez com um robô subaquático equipado com uma câmera. Assim foi identificado o navio, registrado com 30 metros de comprimento por 7 metros de largura, posteriormente batizado de “Camarat 4”.
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