Astronauta registra, do espaço, colorido impressionante do Rio São Francisco

Feita a 420 km de altitude, fotografia foi destaque no site da NASA e mostra diferentes usos do quarto maior rio do Brasil

03/09/2024
Foto: Earth Observatory/ Reprodução

Visto do alto, o Rio São Francisco encanta pelo serpenteado que percorre todo o caminho de Minas Gerais até a divisa entre Sergipe e Alagoas. Mas essa beleza é capaz de ganhar um capítulo totalmente novo e encantador quando observada do espaço, a 420 quilômetros de altitude.

Quem trouxe esse conhecimento à Terra foi um dos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Em órbita sobre o sudeste do Brasil, o tripulante tirou uma foto, em 27 de dezembro do ano passado, que captura um colorido impressionante do carinhosamente apelidado de “Velho Chico”.

Quadrado posicionado sobre o mapa do Brasil mostra localização do registro feito pelo astronauta. Foto: Earth Observatory/ Reprodução

Recentemente publicada no portal Earth Observatory, da NASA, a imagem mostra a região correspondente ao Reservatório de Três Marias, um corpo artificial em Minas Gerais alimentado pelo São Francisco.

 

Na foto, é possível observar uma mistura de cores que abrange o azul, verde, laranja, vermelho e amarelo, em diferentes tonalidades — cada um com um significado.

 

Embora a NASA não tenha divulgado o nome do astronauta responsável pelo clique, sabe-se que a autoria é de um dos presentes na Expedição 70 à ISS, que ocorreu entre setembro de 2023 e abril de 2024. Ele usou uma câmera digital Nikon D5, com distância focal de 420 milímetros.

O que representa cada cor na foto do Rio São Francisco?

Em vermelho e amarelo brilhantes, está grande parte da terra que não possui vegetação — como campos não plantados e estradas não pavimentadas. A coloração se dá pela argila e pelo solo típico do cerrado mineiro, rico em minerais como ferro e alumínio.


Tons mais sóbrios de vermelho e verde indicam áreas agrícolas, irrigadas pelas águas doces do rio. Já o contorno laranja-amarronzado assinala a linha costeira do reservatório, antes coberta pela água quando os níveis estavam mais altos. Agora exposta, adquiriu esse tom.

 

O azul, claro, aponta a presença de água. Mas como se pode notar, aparece mais claro em alguns pontos. Isso deve-se a um efeito óptico chamado sunglint, que ocorre quando a luz do sol reflete na água no mesmo ângulo em que o sensor a visualiza.

 

Quarto maior rio do Brasil, o “Velho Chico” é também considerado um dos mais belos, com quedas d’água e cânions pela sua extensão. Com 2.863 quilômetros de extensão, passa por 521 municípios em cinco estados.

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Do mar para as ruas: conheça bicicleta feita de plástico retirado do oceano

    Batizada de RCYL e feita pela alemã igus, bike não enferruja, não precisa de óleo e é praticamente livre de manutenção

    Iate que pertenceu a líder iugoslavo e ficou submerso por 3 anos vira museu flutuante

    Lendário Galeb, de 385 pés, serviu na Segunda Guerra Mundial, sofreu bombardeio e foi resgatado pelo governo croata

    Capital do agronegócio do Brasil busca novos rumos com o Fórum de Turismo

    Especialista Bianca Colepicolo explica como Sorriso (MT) pode diversificar suas atividades além do agro

    JRG Corp: conheça a empresa que fez bombar o Propspeed no Brasil

    Com operações em mais de 13 países, marca traz soluções em produtos internacionais ao país, além de alavancar marcas nacionais no exterior

    PlanHidro SP: como a maior metrópole do país pretende implementar o transporte aquático

    Ao longo de 30 anos, projeto de R$ 8,5 bilhões deve abranger 180 km de hidrovias urbanas, incluindo rios como o Pinheiros e Tietê