Canhão de bronze de 359 anos é encontrado por mergulhador em naufrágio na Inglaterra
Objeto recuperado no Rio Tâmisa teria equipado o navio London, naufragado em 1665 em consequência de uma explosão de pólvora
Simplesmente 359 anos. Esse foi o tempo que um canhão de bronze passou submerso no Rio Tâmisa, na Inglaterra, até ser encontrado por Steve Ellis, um mergulhador da Historic England que há 14 anos mergulha na região conhecida como um estuário — onde as águas do icônico rio se encontram com as do Mar do Norte.
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Foi por lá também que, em 1665, o navio de guerra London, do século 17, foi destruído em consequência de uma explosão de pólvora, virando o naufrágio que agora revelou o achado de mais de 300 anos, encontrado bem conservado envolto em argila e lodo.
Debaixo d’água estava não só um pedaço da embarcação, mas também da história. O London foi construído no estaleiro Chatham Historic, em Kent, no sudeste da Inglaterra, entre 1654 e 1656, período de grande agitação política após a Guerra Civil Inglesa (1642-1648) e a Primeira Guerra Anglo-Holandesa (1652-1654).
A embarcação fez parte de um comboio enviado em 1660 para resgatar Carlos II (ex-rei da Espanha) da Holanda e restaurá-lo ao trono, na época da Restauração Inglesa.
O canhão de bronze em questão teria composto um conjunto feito especialmente para o London, colocado no convés de armas inferior do navio. A embarcação era uma das quatro da marinha inglesa a ter um conjunto completo de 76 canhões.
Desse total, o achado pode ajudar pesquisadores a entenderem melhor os tipos de canhões a bordo do London, uma vez que, conforme explicou Duncan Wilson, presidente-executivo da Historic England, “eles não eram todos iguais, pois alguns foram capturados de navios inimigos.”
Acredita-se, inclusive, que o canhão de bronze encontrado no Tâmisa seja um semi-canhão de tamanho médio da Commonwealth, com 2,4 metros por 15 centímetros. O equipamento teria sido fundido por George Browne, por volta de 1656.
Nossos mergulhadores licenciados desempenham um papel importante na investigação e monitoramento de nossos naufrágios protegidos no mar, garantindo que eles estejam lá para as gerações futuras aprenderem e aproveitarem– destacou Duncan
O canhão de bronze agora está sendo incluído no programa de marcação forense da Historic England, que visa impedir que outras pessoas acessem tesouros arqueológicos como esse.
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