Glass Beach: conheça a praia que já foi um lixão e agora está coberta por vidros coloridos
Enorme depósito de lixo nos anos 1960, o local foi "repaginado" pela natureza e atrai milhares de turistas
Às vezes, as forças naturais precisam dar um “empurrãozinho” para consertar o legado do ser humano. Embora pareça um cenário artificial, a orla enfeitada com vidros coloridos na praia de Glass Beach foi assinada pela mãe natureza, que transformou um antigo lixão num ponto turístico encantador.
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Localizada na cidade de Fort Bragg — que fica três horas ao norte de San Francisco, nos Estados Unidos — , esta praia foge do tradicional. Por lá, em vez de uma areia fofa e macia, os visitantes pisam em pequenos estilhaços de vidros que, graças ao movimento do mar, não são mais pontiagudos ou cortantes — em sua maioria.
Banhado por um mar relativamente calmo, a praia tem uma orla cercada por formações rochosas — que embelezam ainda mais o local. Mais próximo das águas, 150 mil m² de areia é coberta por vidros cintilantes.
Quando bate o sol, as cores verde, azul, vermelho e marrom das pedras ganham mais vida. Não à toa, o destino esteve entre as 50 melhores praias do mundo pelo jornal britânico The Guardian, em 2016. Por mais que possa parecer um mérito antigo, a beleza do local é permanente e continua atraindo milhares de turistas.
Do lixo ao luxo
Chega a ser estranho imaginar que um lugar tão belo um dia já foi — literalmente — um lixão. Mas até os anos 1960, essa praia se resumia a um complexo de depósitos de lixo, gerado por residências e empresas de Fort Bragg e proximidades.
Nos anos seguintes, os lixos foram retirados, mas os restos de garrafas e outros objetos de vidros quebrados ficaram por lá. Porém, a mãe natureza entrou em ação, e com o vaivém das ondas, os detritos foram ganhando formas arredondadas, polidas e menos perigosas.
Hoje, a praia é aberta ao público como área de proteção ambiental. Porém, os estilhaços ainda não deixam de ser uma certa preocupação. Por conta dos vidros espalhados pela praia, nadar pode ser perigoso. Além do risco de se cortar com um caco de vidro, o terreno rochoso e acidentado também aumenta a periculosidade.
Mesmo que seja uma grande oportunidade para as crianças e artistas pegarem as pedrinhas e guardarem de recordação, é proibido tirá-las da praia — inclusive, há placas desencorajando a prática, segundo o jornal SFGATE.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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