Ecologia em alto-mar: projeto final de novo catamarã movido a metanol é revelado
Batizado de Archipelago 63, embarcação conta com sistema de propulsão que emite zero carbono
Com o mundo cada vez mais focado em sustentabilidade, o mercado náutico não está ficando para trás — prova disso é o projeto do escritório de arquitetura naval Chartwell Marine. A empresa britânica apresentou o primeiro catamarã com sistema de propulsão a metanol, que promete ser um avanço rumo a futuro melhor.
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O projeto do primeiro catamarã zero carbono a operar exclusivamente em biometanol tem parceria com a Archipelago Expedition Yachts. Chamada de Archipelago 63, a embarcação foi criada para estabelecer “um novo padrão de sustentabilidade marítima de lazer”, segundo a marca.
Seu modelo de propulsão híbrido paralelo funciona com energia limpa, derivada de um conjunto de reformadores de metanol e células de combustível de hidrogênio. Assim, este catamarã surge como uma alternativa ao diesel e pode ajudar a impulsionar a redução das emissões de carbono em alto-mar.
Além disso, a sustentabilidade do Archipelago 63 não se resume ao seu sistema de propulsão, pois o barco também é construído com materiais de alumínio ecológicos — que minimizam ainda mais os danos ao meio ambiente.
Muito mais do que ecológico
O primeiro catamarã movido a metanol possui 62 pés (19,2 metros) de comprimento e é equipado com um grande tanque de biometanol com capacidade de 10 mil litros de biocombustível. Sua autonomia estimada é de aproximadamente 2.500 milhas náuticas (4.360 km).
O barco será o que há de mais moderno em sua tecnologia de carbono zero, construído com alumínio de baixo impacto, utilizando materiais reciclados sempre que possível– Stephen Weatherley, fundador da Archipelago Yachts
Sthephen ainda ressalta que, embora exista muitas embarcações de lazer elétricas no mercado, nenhuma é capaz de percorrer tão longas distâncias em estado de alto-mar, cruzar oceanos e sem emitir carbono ao mesmo tempo.
O projeto Archipelago 63 atinge velocidade máxima de 22 nós — e até 10 nós navegando silenciosamente.
O catamarã movido a metanol acomoda oito pessoas em quatro cabines espaçosas — cada uma delas equipada com banheiro privativo. E, para garantir os mais altos padrões de design e construção, a Archipelago Yachts e a Chartwell Marine realizaram avaliações minuciosas em parceira com o Lloyd’s Register.
Com o propósito de demostrar o potencial do metanol como combustível marítimo, a dupla anunciou planos para um navio de demonstração exclusivo, chamado Methanol Pathfinder UK. Caso tenha sucesso, será dado mais um enorme passo rumo à sustentabilidade no mundo dos barcos.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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