NASA ajuda, e número de ninhos de tartarugas bate recorde nas praias da Flórida
Biólogos registraram quase 14 mil ninhos do animal, o maior número em um único ano desde 1984


Não é só no espaço sideral que a NASA está de olho. A agência espacial norte-americana acompanha de perto a vida marinha e tem um novo recorde a comemorar. Isso porque a área do Kennedy Space Center recebeu quase 14 mil ninhos de tartarugas neste ano.
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A cerca de 80 km de Orlando, o centro espacial da Flórida também abriga áreas de praia que servem de berço para milhares filhotes de tartarugas marinhas.
Em 2023, os biólogos contaram ali 13.935 ninhos de tartarugas marinhas, durante a temporada reprodutiva da espécie. O número representa 639 ninhos a mais do que em 2022, além de ser o maior número em um único ano desde que começaram os registros, em 1984.


Todos os ninhos de tartarugas marinhas pertencem a espécies identificadas pelo Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos como ameaçadas de extinção. Entre elas, está incluso a verde (Chelonia mydas) e a cabeçuda (Caretta caretta).
Todos os nossos esforços para proteger o habitat da região estão dando frutos– Jeff Collins, especialista em proteção ambiental da NASA
As ações de preservação da fauna e flora da região são iniciativa da NASA com a Merritt Island National Widlife Refuge e o Canaveral National Seashore, organizações que atuam em defesa dos animais e do meio ambiente.
Dar às tartarugas marinhas, especialmente aos filhotes, nada além da lua e das estrelas para iluminar seu caminho até o oceano é uma grande maneira pela qual os humanos podem ajudá-las– Jeff Collins
Todos os anos, os biólogos catalogam entre 40 mil e 84 mil ninhos de tartarugas marinhas na Flórida. E, segundo o especialista em proteção ambiental, o uso da tecnologia tem auxiliado a aumentar esses números.
A contagem deste ano inclui 26 ninhos de tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) e um ninho de tartaruga-marinha-pequena (Lepidochelys kempii), uma das mais ameaçadas do mundo. Entretanto, na busca de escapar da extinção, “berços” de bico-de-pente não foram descobertos nesta temporada.


Do início de março até o final de outubro, os rastros de tartarugas marinhas adultas ficam marcados nas praias do Kennedy Space Center, à medida que os animais saem do mar e se dirigem até os locais onde depositam seus ovos.
Vale ressaltar que, geralmente, leva cerca de dois meses para que os filhotes de tartaruga marinha saiam do seu ninho quando os ovos estão dentro — embora isso possa variar dependendo da espécie.
Além disso, a temperatura da areia também desempenha um papel importante quando se determina o sexo das novas tartarugas. Assim, a NASA continua buscando vida não apenas no espaço, mas também nas águas do planeta Terra.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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