Náutica testa Radar Raymarine Cyclone e Câmera Flir, da Marine Express

Equipamentos tecnológicos foram testados em dia nublado na Marina Itajaí

Por: Redação -
05/10/2023
Batizada de On Board Test, uma lancha Sedna CC 315 funciona como barco de testes da empresa

Há mais de 30 anos no mercado, a Marine Express foi uma das primeiras marcas especializadas em equipamentos náuticos a viabilizar aos estaleiros do Brasil o acesso a itens feitos por marcas de expressão mundial, como Raymarine e Seakeeper. Entre eles, estão os super tecnológicos Radar Raymarine Cyclone e a Câmera Flir, testados na prática em mais um Teste NÁUTICA.

Guilherme Kodja, consultor técnico de NÁUTICA, foi até a Marina Itajaí — local em que a Marine Express possui uma de suas lojas –, para testar os equipamentos fornecidos pela marca, na prática, a bordo do On Board Test, uma lancha que funciona como barco de testes da empresa.

 

 

 

Em um dia fechado com respingos de chuva na cidade caterinense, a embarcação saiu da Marina Itajaí já equipada com o Radar Raymarine Cyclone e a Câmera Flir. O objetivo era observar o comportamento dos equipamentos tanto de forma isolada, quanto de forma integrada.

Logo na saída, o radar já fez o mapeamento de toda área da marina. Com a tecnologia de prevenção de colisões Doppler, o equipamento é capaz de destacar, instantaneamente na tela, os contatos em movimento e os codificar por cores (verde, branco e vermelho), para indicar se estão entrando ou saindo da zona de risco da embarcação, facilitando o discernimento de alvos potencialmente perigosos ao navegar.

A fim de testar o máximo possível das funções do radar, Kodja evitou se distanciar tanto da marina, parando quase dentro do canal de navegação e aumentando a possibilidade de encontrar possíveis contatos. Nesse momento, o radar girava lentamente, a 20 rotações por minuto (o equipamento vai até 60), com todas as definições em automático.

De forma quase instantânea, o Doppler do radar já identificou alguns itens passíveis de riscos à navegação, como um barco pesqueiro, que apareceu em vermelho na tela, uma vez que navegava em direção à embarcação de teste. Saindo da rota de colisão utilizando o radar como norte, o pesqueiro logo muda de cor, ficando em verde — sinalizando que o mesmo deixou de oferecer perigo.


Kodja aumentou as varreduras do radar de 10 para 30, com isso, o equipamento mapeou o local de forma mais rápida. A função Doppler acompanhou, mostrando na tela, mais rapidamente, possíveis obstáculos na navegação e, novamente, os marcando com as cores correspondentes.

Em resumo, o Raymarine Cyclone faz a varredura do local, a função Doppler identifica o alvo, mostra que o mesmo está em movimento — já que tem consistência de identificação — e o pinta de verde, branco ou vermelho, a depender do risco que oferece.

 

Vale ressaltar que o radar com Doppler da Raymarine não é uma exclusividade do Cyclone. Os radares digitais dos modelos da marca, como o modelo Quantum, já têm essa função. Inclusive, o radar do Leopard 46 — catamarã que atravessou o Atlântico — é um Quantum de 48 milhas, digital, com função Doppler.

 

Já para demonstrar a utilização da Câmera Flir, Kodja marcou como alvo, na tela do radar, um dos barcos que se aproximava. Com a função “rastrear com câmera”, a Flir — que antes mostrava em sua tela o cenário à frente da embarcação — passou a buscar o alvo, para mostrá-lo na tela ao piloto através da integração com o radar.

Com o alvo marcado, a câmera passa a segui-lo, mesmo em movimento. No momento do teste, a visibilidade estava consideravelmente baixa e, mesmo assim, a Flir conseguiu identificar o alvo escondido no nevoeiro. Na tela, era possível ver sua sombra se movimentando no horizonte.

Ou seja, trabalhando juntos, câmera e radar são muito eficientes na prevenção de acidentes, uma vez que disponibilizam ao piloto, através de imagens, qualquer risco de colisão e qual o melhor caminho para evitá-la.

 

Consultor técnico: Guilherme Kodja

Imagens: Victor Santos

 

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