Após 2 mil anos, antiga praia romana soterrada por vulcão reabre ao público

Localizado em Herculano, na Itália, local exibe os restos mortais de pessoas que tentaram fugir da erupção do Vesúvio pelo mar

15/07/2024
Foto: Ercolano - Parco Archeologico/ Facebook/ Reprodução

Uma antiga praia romana voltou a fazer parte da rotina dos italianos ao reabrir, no mês passado, após quase dois mil anos. O local, em Herculano, foi afetado em 79 d.C pela erupção do Vesúvio, que soterrou toda a cidade, bem como a vizinha Pompeia.

Alvo de escavações e pesquisas, a praia romana passou anos em restauração. O objetivo do Parque Arqueológico de Herculano, responsável pela obra, era garantir que os visitantes pudessem fazer uma viagem no tempo ao conhecer o ambiente, enxergando-o da mesma forma que os romanos do passado.

Foto: Ercolano – Parco Archeologico/ Facebook/ Reprodução

O único detalhe é que, por enquanto, a orla marítima será refeita apenas na imaginação do público, já que o mar de Herculano foi soterrado pela erupção do vulcão e segue sem existir na atualidade.

 

A antiga areia vulcânica preta também foi substituída, uma vez que poderia desencadear problemas de acessibilidade. O material escolhido, no entanto, é da mesma cor e procura manter as características originais do espaço.

Se voltarmos a cabeça para onde outrora esteve o mar, tornamo-nos exploradores modernos do imenso manto de fluxos vulcânicos que cobriu a cidade em poucas horas– Francesco Sirano, diretor do Parque Arqueológico de Herculano

Foto: Ercolano – Parco Archeologico/ Facebook/ Reprodução

Descoberta em 1709, Herculano é famosa, assim como Pompeia, por ser uma das poucas cidades antigas praticamente intactas, com grandes áreas preservadas pelas cinzas do vulcão. Na época da erupção, enquanto Pompeia era área comercial, Herculano concentrava moradias de romanos ricos.

 

Durante a cerimônia de reabertura da praia romana, Gennaro Sangiuliano, ministro da Cultura, afirmou que o site “está se tornando uma joia” — uma lei orçamental atribuiu novos recursos para as escavações — e destacou o potencial do espaço.

Estamos em uma das áreas arqueológicas mais importantes do mundo– disse, em comunicado

Gennaro Sangiuliano. Foto: Ercolano – Parco Archeologico/ Facebook/ Reprodução

Restos mortais na praia romana

Quem passar pelo local poderá ver a ossada de pessoas encontradas ali. Estima-se que 330 moradores tentavam fugir da erupção do Vesúvio com animais como cavalos e mulas quando foram pegas de surpresa, no meio da noite, pela chegada da primeira nuvem de fogo.

Foto: Ercolano – Parco Archeologico/ Facebook/ Reprodução

De acordo com comunicado emitido pelo Ministério da Cultura da Itália, a temperatura superior a 400º causou a morte instantânea, por choque térmico, de todos os habitantes de Herculano. As ondas de lama vulcânica cobriram o resto de seus corpos, selando-os na posição em que se encontravam.

 

Os fugitivos, inclusive, carregavam consigo objetos preciosos, como moedas e joias. Acredita-se que eles aguardavam um resgate pelo mar da praia romana.

Foto: Ercolano – Parco Archeologico/ Facebook/ Reprodução
Foto: Ercolano – Parco Archeologico/ Facebook/ Reprodução

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Khalilah à venda: superiate de 162 pés "feito de ouro" tem desconto milionário

    Icônico e extravagante, embarcação sofreu duas reduções de preço nos últimos três meses; descubra o preço

    Solara Yachts anuncia abertura de escritório em Biguaçu (SC)

    Nova operação na Marina Pier 33, em Santa Catarina, chega para fortalecer a presença estratégica da marca no Brasil

    Embarcação centenária encontrada durante obras da COP30, em Belém, será restaurada

    Achado arqueológico terminou de ser removido nesta segunda-feira (27). Após restauro, barco será exposto ao público

    Mais de 350 km: grupo de amigos refaz expedição de jet pelo litoral de RJ e SP

    Percurso realizado pelo grupo Caveiras do Mar contou com presente da natureza e parada em praia que protagonizou uma famosa novela

    Creole: a história do majestoso veleiro de madeira da família Gucci

    Megaiate quase centenário passou por uma guerra antes de chegar à família e é tido como o maior veleiro de madeira clássico do mundo