Ataques de tubarões a embarcações podem estar ligados a ondas eletromagnéticas do motor

Animal fica confuso ao capturar as movimentações do equipamento

02/04/2024

Não é difícil encontrar relatos de ataques de tubarões aos barcos. Contudo, nem sempre as investidas violentas dos animais estão ligadas à intenção de ferir as pessoas a bordo, mas, sim, a uma busca por alimentos “dentro da dieta” comum do animal.

Recentemente, Kayleigh Grant, mergulhadora americana e especialista em encontro com tubarões, analisou um vídeo em que um tubarão-branco rodeia um barco de pescadores e acaba mordendo o motor da embarcação — que estava desligado e não causou danos ao animal.

Apesar de parecer um vídeo comum, o conteúdo fornece informações valiosas sobre o comportamento do tubarão, explicadas por Grant. Ela observa que a embarcação utilizada pelos pescadores trazia “uma cabeça de peixe na água” e peixe cortado no convés — técnica usada para atrair peixes, inclusive tubarões.


A partir dessa informação, imagina-se que o animal foi atraído pelo cheiro do peixe no barco e, por isso, começou a rodear a embarcação dos pescadores. Mas por que, então, o tubarão morde o motor da embarcação?

Ondas eletromagnéticas podem explicar ataques de tubarões aos barcos

A resposta está em uma característica do animal, presente em seu focinho, que carrega pontos, chamados de ampolas de Lorenzini. Essas ampolas conferem ao tubarão a capacidade de captar movimentações eletromagnéticas na água, para que ele localize suas presas.


No caso do barco, o animal foi atraído pelo cheiro da carne do peixe, mas mordeu o motor porque era no equipamento que estavam presentes as ondas eletromagnéticas que suas ampolas o ajudaram a identificar, provavelmente vindas das bobinas do equipamento, conforme explica Grant.

Não é um tubarão sendo agressivo com os humanos ou perseguindo os motores maliciosamente. Pode parecer óbvio para alguns, mas muitos olham para isso e dão má fama aos tubarões– explicou Kayleigh Grant.

A mergulhadora completa mencionando que, “na maioria das vezes, o impacto humano é o que faz com que o tubarão se comporte de determinada maneira”.

 

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