Do aluguel à casa flutuante: conheça a história de jovem que pagou R$ 1,26 milhão em casa-barco no Canadá

Apesar dos desafios do inverno a bordo da casa nova, Kate Fincham não tem planos de sair de seu lar sobre as águas

15/02/2024
Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução

A compra de um novo imóvel é um passo muito importante na vida de qualquer pessoa. Geralmente, essa etapa leva tempo e passa por inúmeras considerações. A jovem Kate Fincham passou por esse processo e precisou decidir: morar ou não em uma casa flutuante no Canadá? Sua decisão a levou para um mundo de coisas novas, que agora ela compartilha através das redes sociais.

Kate Fincham é uma redatora de conteúdo de 35 anos que, até 2020, dividia com três amigos uma casa no centro de Toronto, no Canadá. Assustada com os preços dos imóveis na região, a jovem acreditava que viveria de aluguel pelo resto da vida, até que o destino a levou de volta para um lugar que, para ela, era muito familiar: a água.

Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução

Antes de se estabelecer na cidade de arranha-céus imponentes, Kate, quando adolescente, passou um ano acadêmico em um navio como parte de um programa chamado Class Afloat. A viagem, que começou em Vancouver, no Canadá, rodou o mundo até terminar na província canadense do Quebec.

 

Em entrevista ao Toronto Life, a jovem contou que “foi uma experiência fundamental e, depois disso, tornou-se muito importante para mim estar perto da água.” Muito por isso, Kate passou três anos trabalhando como tripulante em iates que navegavam pelo Caribe e pela costa leste dos Estados Unidos, até se fixar em Toronto, em 2018.

Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução

No outono de 2020, após dois anos dividindo casa com colegas, Kate se deparou com um artigo sobre três casas flutuantes à venda em Bluffer’s Park, em Scarborough, bairro de Toronto. Ainda que “sem compromisso”, a jovem entrou em contato com o corretor de imóveis de uma deles e foi até a marina ver pessoalmente a residência. E, claro, não deu outra: foi amor à primeira vista.

Tinha telhados altos e inclinados e tudo era em conceito aberto, incluindo a cama acima da área de estar principal– contou Kate ao Toronto Life

Kate passou pelo processo de considerações antes de dar esse grande passo em sua vida. “O que eu sei sobre casas flutuantes? Eu não posso fazer isso”, comentou ela sobre seus pensamentos ao Toronto Life.


Mas, não teve jeito. Quando Kate soube que outra pessoa estava interessada no barco, ela não hesitou em comprar a casa flutuante no Canadá por 340 mil dólares canadenses, cerca de R$ 1,3 milhão (valor convertido em fevereiro de 2024) e se mudar para lá com seus gatinhos Charlie e Finn.

Como é e quanto custa morar na casa flutuante de Kate

Kate, atualmente, faz vídeos para suas redes sociais compartilhando a experiência de viver em uma casa flutuante. Ao assistir a um deles, fica fácil de entender o amor à primeira vista que a jovem teve por seu novo lar.

 

 

A casa de Kate tem 58 m² de ambientes abertos e muito bem iluminados, que mesclam tons claros, como o branco, com detalhes em madeira, que estão distribuídos por toda a casa, inclusive no piso.

 

Sua cozinha divide espaço com a lavanderia — que se resume a uma máquina lava e seca –, enquanto a sala, com varanda e lareira, é também seu escritório. Apesar da junção de ambientes, tudo é muito harmônico.

Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução
Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução
Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução

Seu banheiro é espaçoso e conta até mesmo com banheira. No corredor de acesso à sala, um grande armário embutido dá a Kate mais espaço de armazenamento.

 

Uma escada de madeira leva ao mezanino, onde está o quarto. Com amplas janelas, o cômodo dá acesso a um terraço aberto, de onde é possível ter uma vista privilegiada da marina.

Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução
Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução

A jovem, que trabalha de forma híbrida, contou ao Toronto Life que “é ótimo ter vista para o lago mesmo quando estou no computador. E, quando vou para o escritório, são apenas 18 minutos de trem até Union.”

Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução

Em termos de custo, enquanto em apartamentos é comum a famosa “taxa de condomínio”, a moradora da casa flutuante no Canadá paga a “taxa da marina.” Ao todo, esses gastos somam cerca de 875 dólares canadenses por mês, cerca de R$ 3,2 mil. “Eu não diria que é um modo de vida especialmente barato, mas vale a pena”, comentou Kate ao Toronto Life.

 

Quando se fala em casa flutuante, talvez lhe venha à mente a ideia de que a casa poderá ir para qualquer lugar. No entanto, essa não é a realidade do lar de Kate. Sua residência não tem motor — o que para a jovem não é um problema, já que, assim, ela economiza com manutenção.

Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução

“Já se passaram três anos desde que me mudei e não tenho planos de sair. Amo os meus vizinhos — incluindo os cisnes, que alimento regularmente com milho seco que guardo perto da minha janela”, afirmou Kate ao Toronto Life.

No inverno, nem tudo são flores

Kate se mudou para a casa flutuante no Canadá na pior estação do ano para isso: o inverno — que, principalmente nessa região, é avassalador. Nos primeiros meses, os canos e ralos congelaram. Ela descobriu logo cedo também que as ondas passavam e obstruíam o cano de esgoto com gelo — coisa que ela só conseguiu arrumar no verão.

Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução

Havia também um problema com o congelamento da água ao redor da casa que, apesar de normal, colocava o pontoon que sustenta a embarcação em risco. Kate compartilhou que por mais de uma vez precisou pegar um machado e quebrar o gelo sozinha para resolver a situação.

Foto: Instagram @mylittlehouseboat / Reprodução

A jovem, apesar de ter equipamentos para evitar tais situações, ainda não sabia utilizá-los corretamente, devido à falta de experiência. Com o tempo e a ajuda de vizinhos, as coisas foram se acertando, e agora ela não enfrenta mais grandes problemas — apesar de esperar ansiosamente pelo verão para navegar de caiaque por seu “quintal”.

 

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