Para Yuri Benites, é questão de tempo para o Lago de Itaipu se tornar referência no turismo náutico

Diretor de turismo do Parquetec abordou o assunto durante o 9º Congresso Internacional Náutica, em São Paulo

02/10/2024
Foto: Jhony Inácio / Revista Náutica

Reconhecido pela excelência em tecnologia e inovação, o Parque Tecnológico de Itaipu (Itaipu Parquetec desde julho de 2024) tem como meta tornar-se um centro de referência também no turismo náuticona região do Lago de Itaipu, como explicou seu diretor de turismo, Yuri Benites, durante o Congresso Internacional Náutica.

O evento aconteceu no fim de setembro, em paralelo ao São Paulo Boat Show 2024.

O que eu trouxe para esse Congresso é um case do trabalho que estamos fazendo, para que vocês possam nos auxiliar na tarefa de fazer do Lago de Itaipu um importante centro náutico– Yuri Benites, diretor de turismo do Itaipu Parquetec

A meta deve ser alcançada por meio da promoção de parcerias e estimulando a sinergia com o setor privado, com os órgãos governamentais e a comunidade local.

Foto: Jhony Inácio / Revista Náutica

“A intenção é criar o Distrito Náutico de Itaipu e, assim, impulsionar o turismo, a pesca e as atividades de lazer na região, garantindo a preservação ambiental e promovendo o desenvolvimento econômico sustentável”, disse Yuri, responsável por liderar a estratégia de desenvolvimento do turismo no Itaipu Parquetec.

 

De acordo com ele, a Usina de Itaipu também se destaca como atração turística da região, recebendo mais de 1 milhão de visitantes todo ano.

Foto: Jhony Inácio / Revista Náutica

“A gente chama de montante e jusante. Montante é a parte de cima, onde a água se acumula; jusante é a parte de baixo. Então da parte de baixo da usina, na área de cidade de Foz de Iguaçu, o turismo é pujante. A estrutura está organizada. Agora a montante, que é o Lago de Itaipu, o turismo acontece muito à margem. Temos algumas prainhas.”

 

O diretor explicou que são nove espaços onde se concentra a área de balneário, além de apenas uma marina, um condomínio particular, dois portos e cinco empresas do setor náutco. “Mas o turismo só acontece do ponto de vista da margem para a água, não dentro da água. Dentro d’água, só temos algumas embarcações de pesca”, revela.

O movimento de pesca é muito bem organizado. Mas o movimento turístico, do aproveitamento da água, ainda não acontece. Por isso, está havendo um grande esforço nesse nosso de olhar para o Lago de Itaipu– ressaltou Yuri

Para concretizar o sonho de transformar o Lago de Itaipu como centro náutico, uma das primeiras ações foi a construção do Fórum Permanente de Turismo Náutico no Lago de Itaipu, que uniu as prefeituras das cidades lindeiras.

 

“Fizemos a primeira edição desse fórum durante o 1º Congresso Náutico de Foz de Iguaçu. Agora, junto com os prefeitos, lançamos nosso olhar para o Masterplan do lago”, disse Yuri, referindo-se a um conjunto organizado de decisões sobre como fazer algo no futuro.

Foto: Jhony Inácio / Revista Náutica

A pergunta que eles se fazem é: “Como a gente pode explorar esse espaço para que ele seja navegável e, ao mesmo tempo, uma área de entretenimento e de educação ambiental?”. Segundo Yuri, não basta o Lago de Itaipu ser um grande atrativo.

 

“É necessário oferecer uma estrutura náutica. Para isso, o Itaipu Parquetec pretende fazer a integração entre o público o privado, a academia e a sociedade civil organizada, pautado na preservação e conservação ambiental. Com essa cadeia náutica, essa estrutura, a gente consegue fazer tudo isso movimentar e melhorar a economia e a renda da nossa região”, explicou o diretor de turismo da entidade.

Foto: Jhony Inácio / Revista Náutica

Da estratégia, faz parte a realização das segundas edições do Congresso Náutico de Foz de Iguaçu (nos dias 27 e 28 de novembro) e do Foz Internacional Boat Show (de 28 de novembro a 1º dezembro).

 

Além disso, o plano engloba a unificação do modelo de cessão à iniciativa privada, por um período de 30 anos, das prainhas, nas áreas de balneário, e da implantação (com financiamento para isso) da infraestrutura.


A expectativa é que o Masterplan seja rapidamente efetivado e as infraestruturas, implantadas — sejam elas públicas ou privadas.

 

“Nosso sonho é que, daqui a 5 anos, você consiga chegar em Foz de Iguaçu com um avião, viaje para um município lindeiro ou fique na própria cidade de Foz de Iguaçu, pegue o barco — que você deixou em uma marina ou no condomínio em que você tem residência — e saia para navegar”, destacou o diretor.

 

Para quem não tiver barco próprio, aponta Yuri, o ideal é que possa fazer locação por temporada.

Você pegará um mapa e escolherá por onde vai passear, qual atração irá visitar com seus filhos e qual será o restaurante em que vai consumir, sem precisar descer da embarcação, ou que, se desça, continue tendo o contato com a água– Yuri Benites

O diretor de turismo do Parquetec aponta que, para aproveitar as belezas do Lago de Itaipu, o turista teria programação para pelo menos três dias. E, caso queira fazer uma viagem por um período mais longo, ainda há a alternativa de sair de Foz de Iguaçu e chegar a Guaíra, cidade às margens do Rio Paraná.

Para quem navega, o rio é conexão. A gente precisa aprender isso. Então esse é o trabalho que a gente está construindo, com muitas mãos, muita gente, num movimento muito bonito, que é para que as coisas aconteçam rapidamente– Yuri Benites

O Congresso Internacional Náutica é o principal evento do Brasil voltado a prefeitos, secretários de turismo e agentes do setor que buscam o crescimento econômico-social por meio do turismo das águas. As palestras antecederam a abertura ao público do São Paulo Boat Show 2024, que contou com mais de 170 barcos em exposição, 50 lançamentos gerais, além de uma série de produtos e serviços.

 

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